terça-feira, 3 de novembro de 2009

TEMPOS DE LUZES E SOMBRAS


Felizmente, parece que mais luzes de que sombras e, embora possam vir ainda muitos sobressaltos, os sinais indicam que o pior já passou.

Uma brisa fresca de notícias positivas alenta um crescente otimismo e muitos países – grandes e pequenos, ricos e pobres, que passaram pela sua pior experiência econômica dos últimos 75 anos – já começam a vislumbrar o brilho das primeiras estrelas que sinalizam o caminho de uma nova caminhada para o desenvolvimento e o bem estar de seus povos.

E, acreditem ou não, são BRASIL e CHINA as duas grandes economias que sobressaem indistintamente nessa corrida para tempos melhores e que, seguramente, devem emplacar notáveis taxas de crescimento em 2010, sustentadas pelo bom desempenho de 2009.

Quem sabe, as lições desse ano de pesadelo sirvam de suficiente estímulo para que sejam empreendidos esforços extraordinários para sair do lamaçal para o qual o mundo foi empurrado pela dupla sinistra:capitalismo & liberalismo. Que, vale enfatizar, é o refugio predileto dos grandes males que afligem a humanidade: 1) egoísmo; 2) materialismo; 3) soberba; 4) consumismo; 5) corrupção; 6) ganância; 7) ânsia de poder; 8) pobreza; 9) desigualdade; 10) desrespeito pelo meio ambiente.

Sem dúvida vem aí tarefas gigantescas e inimigos terríveis, alguns dos quais tudo farão por sustentar suas posições e privilégios que remontam aos tempos do colonialismo, quando não da época feudal.

Só que agora, no G20, países que ontem eram da “periferia – como o Brasil – também poderão opinar e dizer, ancorados em mais de 75% da população mundial: Basta! A supremacia colonialista dos que tudo tem, precisa terminar de vez! Então, e só assim, podemos estabelecer uma solução duradoura e honesta para uma crise da qual nós somos vítimas, não culpados! E evitar que se repita no futuro!

Postura que, sem dúvida, abre caminho para as três primeiras grandes revoluções do Século XXI que podem transformar significativamente as relações entre as nações e a qualidade de vida dos habitantes deste sofrido planeta: 1) a reforma do sistema de decisões econômicas, monopolizado pelos países ricos –G8 - que outorga o direito para que poucos decidam, a portas fechadas, o destino de muitos; 2) o aperfeiçoamento do processo de globalização, para ajudar a reduzir o abismo entre ricos e pobres; 3) a proteção prioritária do meio ambiente, para preservar o planeta.

Mas, é preciso muita atenção e todo o cuidado possível. Desde que os interesses dirigem as ações daqueles que fazem o “sistema”, é bom ter presente que foi essa união bastarda que deu suporte à manipulação desvairada de fundos, com a desregulação das bolsas nos anos 80 e a liberação dos mercados de capitais na década dos 90. Que receberam a colaboração - totalmente isenta de qualquer responsabilidade - do fantástico avanço dos sistemas de comunicação e informação, inclusive internet.

Assim, a mesa estava preparada para a indecorosa festança financeira do início do Século XXI, com os assentos de honra reservados para os países mais ricos do planeta. E, como não podia ser diferente, deu no que deu.

E para piorar, o liberalismo do sistema trouxe, entre outros males, facilidades antes nunca vistas para o crescimento do crime organizado, impulsionando a movimentação e lavagem de dinheiro ilícito, fruto da corrupção, do tráfego de drogas, de armas e de pessoas, do contrabando, do jogo, de seqüestros, da prostituição, da sonegação, enfim, a lista é tristemente longa.

È tempo do basta.

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