segunda-feira, 2 de julho de 2012

OS RESPONSÁVEIS



No final, a Rio+20 – Conferencia das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável -terminou frustrando as expectativas de muitos e, logicamente, agradando aos defensores do “status quo” – melhor deixar como está para ver como fica - que preferem deixar para “depois” compromissos formais para aderir a metas de redução compulsória de poluentes e outros mecanismos nefastos de degradação ambiental.

Infelizmente, uma vez mais, os interesses e a ganância de uns poucos ganharam uma batalha mais contra as necessidades e o bem estar de todos!

Na Declaração Final da Rio+20, sobram as generalidades e as declarações de entendimento consensual do imperativo de medidas corretivas para reverter a situação que conduz o Planeta para a catástrofe. E todos os governos demonstraram estar convencidos da importância de medidas corretivas e de empreender uma cruzada global para preservação de “nosso” meio ambiente.

Pelo menos isso. Mas, o realmente importante é o que se faz, não o que se diz que se pretende fazer.

Sem dúvida, a Conferencia foi um grande e meritório esforço, escorado na esperança de que o “grande predador global” – o sistema atual de produzir riquezas concentrado nos países mais ricos e industrializados do mundo – aceitasse publicamente sua responsabilidade indiscutível para reverter esta situação e liderasse algumas medidas concretas, como a adesão a um sistema de metas para reduzir os gases causadores do aquecimento global e a criação de um fundo internacional para financiar ações de preservação ambiental. Mas, nada disso foi conseguido!

Agora, nesse cenário de aparente fracasso, ficaram alguns resultados francamente positivos, como foi o encontro e a confraternização de milhares de representantes da sociedade civil de mais de 150 países que aproveitaram a oportunidade para debater conceitos fundamentais e difundir experiências bem sucedidas de preservação ambiental, muita das quais ditaram as pautas das ações futuras.

E ficou evidente que o Brasil – e o Rio de Janeiro – têm todas as condições de organizar e sediar eventos mundiais, em paz e segurança. Prelúdios de outros como as Olimpíadas de 2016 e – quem sabe (?)– a Exposição Mundial de 2022.

Mas, de tudo, ficou uma mensagem encorajadora que pode ser sintetizada nas palavras do ativista AGU GANDHI – neto de uma das figuras mais admiráveis do Século XX, MANHATAM GANDHI – quem destacou a importância da mobilização da sociedade para conseguir uma mudança no modelo de desenvolvimento francamente predador de nossa civilização, enfatizando “Políticos e líderes mundiais, reúnem - se por dias, produzem discursos, documentos, mas nada muda. O mundo continua como está. Basicamente, precisamos que todos entendam que fazer desse mundo um [lugar] melhor é uma responsabilidade [não só] dos políticos, mas também de todos”.

Em síntese, nós também somos responsáveis!

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