Davos, a famosa
estação de esqui da Suíça foi, uma vez mais, palco do Fórum Econômico Mundial,
reunindo quase 3.000 figuras exponenciais dos negócios, das finanças, dos
governos e de entidades chaves na condução das atividades que fazem a riqueza
(e as tribulações) de nossa civilização nesse princípio de Século XXI.
No cardápio
oficial, a discussão de grandes temas que perturbam a boa marcha da sociedade planetária,
como crise energética, mudança climática, terrorismo, novas tecnologias, meio
ambiente, comércio internacional, crise migratória, desemprego, enfim, tem para
todos os gostos, necessidades e interesses.
Temas não faltam! Mas existe uma constante recorrente: O começo da
solução de alguns dos mais graves problemas globalizados passa,
obrigatoriamente, pelo acolhimento dos interesses daqueles que detém o poder e
os recursos, sejam pessoas, conglomerados empresariais ou nações. A História é
pródiga em exemplos!
De qualquer modo, abrindo a lista de discussões “top”, predomina uma
análise mais acurada daquilo que foi denominada como “a quarta revolução industrial”, uma mudança significativa na estrutura de produção de bens, que nos
próximos 5 anos resultariam na perda de 5 milhões de empregos, apenas nas
nações industrializadas, como resultado imediato do uso mais intensivo de
equipamentos mais sofisticados – os robôs merecem destaque -.e de tecnologias mais avançadas para melhoria da
produtividade, quase sempre em detrimento da mão de obra. Que, como é norma da
cultura capitalista, é o primeiro item a ser desprezado quando se busca manter
ou aumentar a competitividade. E os lucros!
Enfim, desde
que mais de 80 governos marcaram presença com a participação de representantes
do mais alto escalão, muitos acreditam que, politicamente, encontros e
conversam informais entre essas lideranças ajudem aplainar arestas que prejudicam
a harmonia entre nações, contribuindo para fortalecer a paz.
Claro,
também usando o encontro para “vender
suas respectivas regiões como o melhor lugar do mundo para investir... e lucrar”, desde não pode ser desperdiçada a
oportunidade de atrair o interesse de alguns detentores das maiores fortunas da
terra, líderes de incontáveis empreendimentos de influencia decisiva na
economia mundial.
Nesse desfile de personalidades “top”, nossos ministros da área
econômica tentam, freneticamente, convencer os céticos possuidores dos cordões
mágicos que abrem as bolsas do dinheiro de que o Brasil continua sendo um dos
melhores lugares do mundo para investimentos e que os pífios resultados dos
últimos tempos são apenas detalhes – a crise mundial é o grande vilão e serve
de saco de pancadas para explicar o desastre de nossa gestão econômica - - que
não comprometem a lucratividade e a segurança dos negócios.
Obviamente, não existem garantias de que algo novo ou espetacular surja
desses encontros, embora importantes personalidades divulguem projetos
interessantes para ajudar a grupos menos favorecidos e mais carentes do
Planeta.
Sem dúvida, um ponto positivo dessa cúpula com tantas estrelas dos
negócios de nosso mundo globalizado.
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