terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

UMA CERTA LOUCURA

Pelos resultados do Fórum de Davos, que reuniu uma boa parte da elite empresarial do sistema capitalismo&liberalismo, parece que ninguém se entende ou pode afirmar qual é o caminho mais indicado para sair com os menores danos posíveis (colaterais teve a coragem de afirmar um de seus expoentes!) desse lamaçal fenomenal para onde foi empurrada à economia globalizada.

Algo parecido aconteceu no Fórum Social Mundial, realizado em Belém, onde sobraram críticas e faltaram soluções ou alternativas viáveis e que, como é normal, serviu de palco ideal para colocar na vitrine figuram pretensamente carismáticas, porém de conteúdo e intenções duvidosas e que em nada ajudam na situação atual.

Agora, independentemente de quaisquer considerações ideológicas, existe uma tarefa urgente:cuidar de um dos alicerces do desenvolvimento sustentável – tal como o definimos no blog do 30/01/2009 - que, de um modo geral, são nossas micro, pequenas e médias empresas (P&M).

Porque é nesse cenário mutante e tumultuado, ideal para o exercício do poder e da volúpia sem fronteiras das grandes organizações, é absolutamente fundamental que as P&M implementem novos mecanismos para buscar a excelência na gestão de seus negócios e nas ações de marketing, aquí e além fronteiras, tentando sobreviver e, se possível, crescer.

Tarefa nada fácil desde que do outro lado do muro estão à espreita combinações de fatores fortemente adversos aos interesses de nosso herói – empresário destemido e visionário - normalmente ocultos sob os nomes de concorrência, globalização, juros, sistema fiscal, novos hábitos, regulamentos, burocracia, novas tecnologias, volatilidade, patentes, capital de giro, e por aí afora, tudo misturado numa dança frenética que exige elevadas doses de resistência, persistência, paciência e conhecimento daqueles valentes que ousam participar dessa loucura coletiva que chamamos “economia de mercado”, ou “sistema capitalista”, ou “liberalismo” ou qualquer denominação que os doutos economistas queiram atribuir, seguindo os modismos da época e o lógico oportunismo do saber convencional.

Verdade verdadeira, é que no Brasil, assim como na maioria dos países emergentes e, sem a menor dúvida, nos infelizes do 4o. mundo, muito pouco se faz para favorecer os pequenos empreendimentos, sem restar méritos aos avanços dos últimos anos. È que a gente fica meio invocado quando nosso badalado BNDES empresta dez vezes mais aos “grandes” que aos “pequenos” numerosos, dispersos, sem lobbies, cujos “únicos méritos” são gerar 65% dos empregos, descentralizar as atividades econômicas, poluir menos, distribuir melhor a renda, gerar um posto de trabalho com apenas 10% dos recursos necessários nos dinossauros empresariais, desbravar novas fronteiras econômicas, enfim, gerar desenvolvimento sustentável.

Que é o que todos querem!

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