Armas muito eficazes
Um dos mandamentos de ouro dos asiáticos – mestres indiscutíveis do
marketing internacional – insistem na aplicação ininterrupta de um princípio
básico: para exportar – processo burocrático
interno e controlável – é preciso vender,
utilizando todos e cada um dos múltiplos meios existentes para concretizar
negócios.
Esse preceito é fundamental
para o sucesso nos mercados globalizados - caracterizados por acirradas
batalhas para ganhar posições e conquistar compradores – é de aplicação
obrigatória quando se pretende tomar parte dessa contenda com produtos industrializados, para os
quais as exigências se multiplicam e demandam o melhor das características
positivas de cada empresa para afiançar uma exitosa inserção internacional.
Resulta importante
observar que esses vencedores das lides internacionais têm em comum, pelo
menos, um aspecto: utilizam
eficientemente todas as armas do arsenal do marketing internacional, de modo
contínuo e criativo, cientes que
são que estão potencializando um valioso aliado para o crescimento firme,
continuo e lucrativo de suas empresas. E, naturalmente, com indiscutíveis
benefícios para acelerar o desenvolvimento do país.
Como
exemplos, que merecem cuidadosa análise, diversos países asiáticos liderados
por China – principal exportador mundial - Korea do Sul, Índia, Taiwan, Singapura,
Malásia, Indonésia, Filipinas, etc., ganharam presença destacada no comércio
mundial nas últimas duas décadas aplicando eficientemente políticas de marketing internacional, com um sucesso tão notável
que conseguiram mudar do Atlântico para o Pacífico a importância dos fluxos
globalizados de negócios.
Por
outra parte, não pode ser esquecido que esses resultados extraordinários foram
alcançados graças ao firme apoio proporcionado pelos governos, que mantiveram a
imprescindível continuidade das ações como política
do estado. Assim, ganharam em eficiência traduzida em resultados positivos,
desde que livres dos interesses ideológicos e partidários da administração
pública de plantão.
O Brasil
na deriva
Praticamente, nos
últimos 24 meses o deterioro dos saldos positivos da balança comercial
brasileira, que agora viraram déficits contínuos e crescentes, contribuíram
diretamente para o aumento do endividamento internacional do país o que, entre
outros efeitos indesejáveis, estão colaborando para intensificar as suspeitas
dos analistas dos países ricos – esses das grandes organizações que comandam os
investimentos e os negócios internacionais – da necessidade de uma mudança
radical na política econômica. Naturalmente, sob nova direção, se o viés
ideológico-partidário admitir mudanças radicais em tempo de eleições!
Lógico, até por força
do hábito, os vozerios governamentais escondem uma parte essencial da verdade,
destacando os efeitos da crise mundial e a manutenção dos 375 bilhões de
dólares das reservas brasileiras como uma prova de que não existem motivos para
preocupações. Apenas, convenientemente, esquecem de revelar um aumento de mais
de 300% na dívida externa nos últimos três anos, isso sim prova indiscutível de
que algo anda muito mal na capacidade do pais para honrar seus compromissos
internacionais sem recorrer a empréstimos, os quais - não podemos esquecer tão
facilmente - têm uma longa história de efeitos nocivos que afetaram o
desenvolvimento do país na segunda metade do Século XX.
Bem, temos que
reconhecer que o Brasil – governo e empresários – nunca foi lá muito favorável
à utilização de tecnologias de marketing internacional para ganhar posições nos
mercados internacionais e, muito menos, financiar convenientemente ações com
tal finalidade.
Mas, ainda assim,
podemos ser otimistas e acreditar que mudanças importantes poderão vir para que
as exportações brasileiras voltem a gerar os saldos positivos na balança
comercial. Certamente, isso não é impossível!
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