terça-feira, 7 de outubro de 2014

GUERRA E PAZ




1930

Desde tempos remotos, a Historia registra inumeráveis conflitos comerciais que degeneraram em guerras e que, de uma forma ou outra, contribuíram para formatar os espaços políticos desse nosso mundo globalizado. 

Entre os que deixaram marcas quase impossíveis de esquecer e que perduram até nossos dias figura a guerra comercial da década de 1930, fruto da crise que se arrastou pelo planeta sem perdoar ninguém e que castigava impiedosamente tanto as nações pobres como as mais poderosas.

Foi um tempo quando o protecionismo comemorou (?) momentos de triunfo absoluto na medida em que os países – de todo o mundo - rivalizavam por erguer as mais potentes barreiras contra a entrada de produtos “dos outros”, no cego e infrutífero propósito de preservar empregos e criar riqueza. Foram, por dizer o menos, tempos sombrios que aceleram os extremismos, os descontentamentos e as rivalidades entre as nações.

Tudo terminou com a II Guerra Mundial que, apesar de seus terríveis malefícios, teve o efeito de criar novas necessidades e com isso, empregos e demanda. Na verdade, foi um modo irônico e diabólico de criar benefícios a partir do sofrimento e a morte de dezenas de milhões de infelizes.  

Lições aprendidas

Logo após a II Guerra Mundial, duas iniciativas deram um formidável empurrão para tentar evitar as tensões comerciais de tão penosa memória: Em Europa se iniciou a cooperação internacional nos setores de aço e carvão e, em escala mundial, foi estabelecido o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT – General Agreement on Tariffs and Trade).

Ambas as iniciativas prosperaram e se expandiram notavelmente: A primeira deu origem a União Europeia e a segunda, a Organização Mundial do Comércio (OMC), que na atualidade é dirigida por um diplomata brasileiro, Roberto Azêvedo. A OMC é um organismo especial da ONU (Nações Unidas) e tem sua sede em Genebra (Suíça).

 Pode afirmar-se que, desde sua formação, a OMC tem sido um dos mais poderosos instrumentos internacionais para manter a paz global, a partir de seu papel conciliador orientado para dirimir pacificamente conflitos de interesses e controvérsias com base em princípios aceitos consensualmente por todos seus membros, comprometidos a defender e respeitar normas que buscam manter um equilibro justo entre todos os países.


Para abreviar, pode dizer-se que vendedores geralmente evitam brigas com compradores ou, de outro modo, se o comércio internacional se desenvolve sem tropeços e existem relações saudáveis entre as partes, diminui a possibilidade de um conflito político e a prosperidade não é ameaçada por interesses que, legítimos ou não, contem o germe de desavenças de final imprevisível. 

A confiança é chave para encontrar os caminhos do entendimento e as boas relações entre as nações tem demonstrado ser, na linha do tempo, uma das melhores alavancas para um desenvolvimento continuo e sustentável.

E, sem dúvida, a OMC tem demonstrado a importância de seu papel essencial como provedora de seu fruto mais importante: A PAZ.
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