sexta-feira, 26 de setembro de 2014

UMA GUERRA FANTASMA



No fundo, no fundo mesmo, uma guerra nem sempre reconhecida pela despreocupada sociedade de consumo desvairado que predomina nesse início de Século XXI.  Mas que oculta os germes vorazes embalados no marketing do “mais de tudo, cada vez mais”, que podem destruir – e até eliminar – nossa civilização tal como a conhecemos e desfrutamos tão indolentemente,

Coitado do Planeta!  Coitada da Mãe Natureza! Sozinhos (quase) para preservar o essencial da vida das próximas gerações resistindo ao colossal empurrão dos grandes interesses, quase sempre acobertados em (aparentes) bons propósitos fartamente divulgados e promovidos para fazer parte do saber convencional!

Mas as sirenes de alarme estão soando tão estrondosamente que as lideranças mundiais começam acordar para sua grande responsabilidade de comandar as ações necessárias para evitar a colapso do meio ambiente global, dando sinais claros da seriedade de seu compromisso iniciando com 2,3 bilhões de dólares a “coleta” para atacar os problemas climáticos, promovida por Ban Ki-moon, Secretário Geral da ONU na Cúpula Mundial do Clima realizada em Nova York.

Na ocasião, os dois maiores poluidores da Terra, China e EUA, responsáveis por praticamente 50% da emissão de gases de efeito estufa, principal responsável pelo aquecimento global, concordaram em estreitar sua cooperação, em todos os níveis, para diminuir essa ameaça. , tal como reconheceu o presidente Obama:” A ameaça urgente e crescente da mudança climáticas é uma questão que marcará este Século de modo mais espetacular de que em todos os outros. Temos que agir”.

Também, o enviado especial do presidente da China, o vice primeiro ministro Zhang Gaoli, que se reuniu com o presidente Obama, afirmou: “A China, o maior país em vias de desenvolvimento e os EUA, a maior. economia do mundo, têm importantes deveres na proteção do meio ambiente e, apesar de suas diferenças, os dois países devem trabalhar juntos para dar impulso aos esforços internacionais destinados a lidar com a mudança do clima”.

Os dois líderes concordaram que, pelo menos, a cooperação, a tecnologia e a vontade política devem aparecer em sete áreas prioritárias: na redução de dióxido de carbono proveniente de veículos; na construção de mais redes inteligentes de abastecimento de eletricidade; no aumento da captura e armazenagem de carbono; na coleção e gestão de dados sobre emissões; na eficiência energética das atividades industriais; na redução de emissões nos fornos industriais; e nas atividades florestais e afins. Tudo, sem esquecer a cooperação imprescindível de um aumento substancial no uso de energias renováveis e outras tecnologias de baixo consumo de carbono.

 No discurso de abertura da reunião em Nova York, onde são esperados anúncios de compromissos que facilitem a conclusão de um: acordo na conferência internacional convocada para dezembro de 2015 em Paris, Bem Ki-moon não deixou por menos, enfatizando: ”A mudança climática é a questão crucial de nossa era. Está definindo nosso presente. Nossa resposta definirá nosso futuro”.

Entre as grandes nações do mundo deve assinalar-se que o Brasil já tem registrado avanços notáveis no combate ao aquecimento global, somando um formidável avanço na produção de energias renováveis, na participação de combustíveis não poluentes no transporte – o álcool e os biocombustíveis são um exemplo mundial – na proteção das florestas e, não menos importante, na conscientização crescente da necessidade de ações firmes e continuas para a preservação ambiental.

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