segunda-feira, 2 de março de 2015

É HORA DE EXPORTAR


Uma taxa de cambio irreal sempre tem sido um dos principais reclamos dos setores exportadores e, sem dúvida, pode considerar-se como um dos maiores empecilhos que travam a participação de mais empresas e mais produtos na batalha para conquistar uma melhor posição do Brasil no comércio internacional.

Agora, especialmente a partir do último trimestre de 2014, temos – para alegria de muitos e tristeza de outros - uma relação real x dólar firme e fortemente favorável ao setor exportador, que já não pode usar a desculpa de um real forte para não realizar negócios pelo mundo afora.

È claro que a desvalorização de nossa moeda não é o único fator que alimenta as dificuldades para alavancar maiores exportações, mas, sem dúvida, um dólar mais valorizado representa um auxílio inestimável para fazer os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional que, é bom lembrar, começa a dar claros sinais de recuperação voltando a um ciclo positivo de aumento da demanda e do consumo de produtos importados.   

Temos que considerar com especial atenção nossas pequenas e médias empresas (P&M) – que somam 15.000 (75%) do total de exportadores – as quais com uma taxa de cambio mais realística podem receber um grande impulso para mais, melhores e mais diversificados negócios além fronteiras.

Não menos importante para aumentar as vendas para o exterior, é o crescimento do número de empresas exportadoras – em 2014 foram menos de 500 as “novas”- que agora, num momento propício, tanto do ponto de vista interno como externo, podem arregaçar as mangas e partir para a conquista de novos mercados para seus produtos e serviços. Para grande parte daqueles que não lidam ainda com o exterior, falta apenas uma atitude empreendedora internacional, imprescindível para trabalhar e vencer as dificuldades naturais de entrar em novos mercados.

Hoje, num mundo onde o comércio exterior é uma das medidas mais importantes para julgar a capacidade de competir nos cenários globalizados, as exportações brasileiras têm também o rol estratégico de contribuir diretamente para manter e acelerar o processo de desenvolvimento que, convenhamos, nos últimos tempos tem andado de lado registrando índices claramente insuficientes para as necessidades de um crescimento economicamente sustentável.
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Por outra parte nossas exportações, representando pouco mais de 1% do total mundial, estão fortemente concentradas em poucas centenas de grandes empresas, muitas delas multinacionais, o que, entre outros fatos indica a conveniência estratégica de multiplicar o número de vendedores nos mercados mundiais, motivando a mais empresas - especialmente as pequenas e médias (P&M), notadamente industriais - a competir internacionalmente, tanto pelo significado específico do negócio além fronteiras, como pela percepção de que o sucesso no mercado interno recebe a influência direta das atividades externas, desde que ambos os espaços mantêm, cada vez mais, íntimas relações de interdependência.

Ou, em síntese: È uma boa oportunidade para crescer mais e melhor no mercado interno a partir dos benefícios das ações nos mercados externos.

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