Bem, agora temos um Plano Nacional de Exportação, auspiciado
pelo Governo Federal que, na sua essência, encerra a promessa de tentar – uma
vez mais – dinamizar nossa atuação de vendedores de bens e serviços “Made in
Brazil” pelo mundo afora e, com a expectativa de um desempenho excepcional,
superar as taxas de crescimento do mercado internacional.
Essa alavanca adicional deverá dar uma “mãozinha” para
melhorar e acelerar nosso (minguado) desenvolvimento e, muito possivelmente,
permitir uma posição mais destacada na comparação com outros países, muitos dos
quais seguem ao pé da letra a cartilha que detalha as condições necessárias
para vencer as batalhas dos mercados em nosso mundo globalizado do Século XXI.
Mas convenhamos que a experiência e os fatos demonstram que não bastam planos,
convocações e boas intenções para enfrentar os desafios de competir no
exterior. Por isso, a participação ativa, destemida, comprometida e visionária
dos principais grupos que produzem riqueza deve ser a base sobre a qual está
fundamentado o sucesso do esforço para ganhar melhores posições nos mercados
externos que, temos que admitir, são exigentes, mutáveis e competitivos.
Como a vida real ensina nem sempre os esforços para exportar chegam a
traduzir-se numa presença internacional satisfatória. Na verdade, muitos
daqueles que fazem tentativas de conquistar e manter presença nos mercados
internacionais – falamos especialmente de pequenas & medias empresas industriais
- abandonam a corrida no meio do caminho, vitimas dos incontáveis obstáculos na
corrida para o sucesso.
Ainda, a esses entraves, as mais das vezes camuflados sob circunstâncias
adversas, devem somar-se na falta de entendimento e preparação para enfrentar as
batalhas árduas da inserção internacional e a compreensão de que, muitas vezes,
as recompensas reais só virão no longo prazo. Pena, porque perdem a
oportunidade de pertencer à elite do empresariado planetário, com as imensas vantagens
e a distinção que isso significa.
Pode ser difícil, é verdade, ganhar batalhas nos mercados além-fronteiras,
mesmo que pouco mais de 22.000 empresas brasileiras participam dessa maratona,
o mesmo número que 15 anos atrás. Dessas, menos de 15.000 podem definir-se como
pequenas e médias. Que poderiam ser muitas vezes mais é verdade. Esses atores
internacionais conseguem que as exportações brasileiras cheguem a uns escassos
1,3% do total global e colocam o país como o 23º. no ranking dos vendedores
mundiais. Tudo isso longe da colocação de elite donde ocupamos o 7º. lugar as
economias do planeta medidas pelo PIB.
De tudo, vale um lembrete importante: Nenhum esforço nem medidas governamentais para aumentar a participação
brasileira no contexto do comércio internacional, podem ser exitosos sem a
decidida e comprometida participação do empresariado, esses sim os grandes
protagonistas dessa gigantesca empreitada.
E para fechar esse circulo virtuoso é bom destacar que o desenvolvimento
sustentável, sob todos os pontos de vista, em todos os níveis, é
fortemente acelerado através do comércio com o exterior que, por seus efeitos
multiplicadores e suas exigências de modernização, pode muito bem ser
considerado como o passaporte para a qualidade da estrutura de produção de uma
nação.·.
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