Finalmente, o governo anuncia o PNE (Plano Nacional de Exportação 2015-2018)
com o objetivo manifesto de servir de instrumento para aumentar a participação brasileira
nos mercados mundiais.
Enfim, mais vale tarde de que nunca se proclame aos quatro ventos a
importância estratégica das vendas externas no seu papel de alicerce
fundamental para um desenvolvimento economicamente sustentável em nosso mundo
globalizado, exigente ao máximo da excelência na gestão dos negócios internacionais
e instrumento básico para chegar e permanecer entre as nações vencedoras na
corrida para o futuro.
Pena que, como outras vezes, o Plano seja uma concepção de um governo,
não (como deveria ser!) um projeto de Estado, blindado contra as mudanças
políticas inevitáveis, que tradicionalmente tendem a fazer valer “sua ideia”,
com uma pressa danosa para os interesses maiores do País. Isso, geralmente,
teimando em reinventar a roda sem olhar em volta!
Vem à
memória um esforço governamental grandioso, uns 50 anos atrás: “Exportar é a
solução”, era o slogan da campanha oficial para motivar as empresas a sacudir a
poeira do letargo colonial das exportações tradicionais de café, cacau, açúcar,
banana e madeira, colocando nas costas das vendas externas o encargo maior na
ingente tarefa de acelerar nosso desenvolvimento. Em termos, seria algo assim
como o PAC da época, só que, basicamente, sob responsabilidade de empresas
privadas que conquistam mercados no exterior.
Historicamente, foi a primeira vez que a burocracia governamental demonstrava
entender a importância crucial da inserção internacional do País - de suas
empresas - como alavanca para a geração de riquezas e como incentiva para a
melhoria da qualidade, da produtividade e do emprego, assim como elemento
crucial para incentivar a aplicação de novas tecnologias e de novos sistemas de
gestão. Ou, de outro modo, tinha a virtude de potencializar um elo fundamental
no circulo virtuoso do desenvolvimento.
O PNE
se baseia em cinco estratégias: acesso a mercados; promoção comercial; facilitação
de comércio; financiamento de garantias às exportações; e aperfeiçoamento do
sistema tributário relacionado ao comércio exterior. O novo plano unifica, pela
primeira vez, todas as ações e estratégias do país para exportação de bens e
serviços, contando que as medidas de incentivos permitam o aumento do número de
empresas que incursionam nos mercados externos e dando atenção especial às
pequenas e médias organizações.
Essas ações, se aplicadas
correta e continuamente, serão de uma ajuda inestimável para que as empresas
possam enfrentar o grande desafio de competir eficazmente em cenários
sabidamente competitivos por natureza, contando com os instrumentos adequados para
encarar as mutações dos mercados em continua evolução. Por outra parte, não
pode esquecer-se que o comércio internacional é um campo onde apenas sobrevivem
aqueles preparados para vencer as batalhas dos mercados e que possuem, além do
apoio inteligente do governo, uma paixão por vencer desafios que, quanto mais
difíceis, maiores recompensas e satisfações oferecem.
È mais que evidente que o sucesso do Plano depende essencialmente do
espírito empreendedor de nossos empresários e da colaboração, absolutamente
fundamentais, das centenas entidades privadas que reúnem as forças produtivas
do Brasil.
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