Ainda que para muitos possa
parecer exagerado – nesse grupo tem destaque muito especial aqueles aferrados
ao sistema vigente de produção de riqueza, independente dos danos causados a
Natureza – as evidencias científicas e as projeções realizadas pelos melhores
especialistas do mundo, não deixam dúvidas de que a mudança climática é o suficiente
real e perigosa como para sacudir, de modo catastrófico, as bases de nossa
civilização.
Conclusão: Se não agimos com
decisão, rapidez, coragem e coordenação, seguramente teremos custos políticos,
econômicos, sociais, ecológicos e culturais de proporções desconhecidas.
Por isso é de fundamental
importância que os mais de 180 países participantes da Conferencia Mundial do
Clima realizada em Paris neste início de Dezembro cheguem a um acordo que
vinculem todas as nações deste sofrido, agredido e abusado Planeta num objetivo
maior de tomar medidas efetivas para deter o processo de aquecimento e manter a
meta de uma elevação máxima de 2º C. até o final do Século sobre os níveis da época
pré-industrial.
Numa atitude exemplar, os dois
maiores poluidores do mundo – China e EUA, responsáveis pela emissão de 60% dos
gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global – já assumiram
solenes compromissos para patrocinar ações inovadoras e vigorosas para redução desses
sutis assassinos da vida.
No seu recente relatório
anual, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) revela que
os gases com efeito de estufa retidos na atmosfera – dióxido de carbono, metano
e óxido nitroso - atingiram um novo recorde em 2013, continuando a corrida que
alimenta uma sequência de efeitos catastróficos sobre nossa civilização.
Efeitos que mostram seus danos nas secas cada vez
mais devastadoras, no aumento de acidez das águas dos oceanos, no derretimento
das calotas polares e dos gelos das alturas, no aumento de inundações pelos
excessos de chuvas em determinados locais, no aumento de doenças do aparelho
respiratório e na extinção ou escassez de espécies animais, só para citar os
mais visíveis. Mas todos eles de efeitos colaterais que sustentam uma corrente
de males calamitosos para a continuidade da vida no Planeta.
De tudo, resulta cada vez mais urgente aplicar os
princípios do Programada das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma),
sintetizado na Economia Verde como a
fórmula ideal para mover as engrenagens da riqueza global e que pode ser assim
definida: ”È aquela que resulta em
melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz
significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Ela tem três
características preponderantes: é pouco intensiva em carbono, eficiente no uso
de recursos naturais e socialmente inclusiva”.
Bem, nos últimos 300 anos de nossa Era
Industrial, muito pouco disso foi lembrado e aplicado no vórtice de um sistema
que exige continuamente mais e mais: Mais
produção, mais consumo, mais riqueza para
atender os anseios dos mercados sempre em procura do máximo. Sem limites!
Só que a
Terra começa a mostrar seus limites!
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