terça-feira, 15 de dezembro de 2015

UMA LUTA DE TODOS


A Conferencia Mundial do Clima, COP-21, realizada em Paris no início de Dezembro, com a presença de 195 países mais a EU, desde já considerada o mais importante encontro global na tentativa de encontrar um consenso para um compromisso entre todas as nações com o objetivo de manter o aumento da temperatura média da Terra, até o fim do Século, dentro de limites que permitam a continuidade de nossa civilização.

Isso, em outras palavras, ao mesmo tempo em que significa uma redução no modo de produzir energia derivadas do carvão e do petróleo - os dois maiores agentes isolados responsáveis pela elevação da temperatura terrestre – assinala a necessidade de promover fontes alternativas, não emissoras de gases nocivos, tanto para substituir parte de nosso modo predador de produzir riqueza como para atender o crescimento forçoso da demanda de uma sociedade ainda presa a padrões de consumo e bem estar que teima em ignorar as evidentes limitações do Planeta.

No seu recente relatório anual, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) revela que os gases com efeito de estufa retidos na atmosfera – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso - atingiram um novo recorde em 2013, continuando a corrida alucinada que conduz a uma cadeia de efeitos catastróficos sobre nossa civilização.

Efeitos que mostram seus danos nas secas cada vez mais devastadoras e freqüentes; no aumento de acidez das águas dos oceanos; no derretimento das calotas polares e dos gelos das alturas; no aumento de inundações pelos excessos de chuvas; na extinção de espécies; no aumento da poluição; e no aumento de doenças do aparelho respiratório, só para citar os mais visíveis. Mas todos eles de efeitos colaterais que sustentam uma corrente de males calamitosos para a continuidade da vida no Planeta.

Mas, felizmente, quem sabe acuados por uma realidade que cobra vitimas em todos os países, sem distinções, a COP-21, chegou a um acordo histórico para implementar um gigantesco esforço comum, que vincula, obriga e coloca todas as nações, nas devidas proporções - aqui são destaque a China, os EUA e os membros da UE – na tarefa gigantesca de tomar as medidas necessárias para evitar que o aquecimento global não ultrapasse o limite de 1,5 ºC até 2100 acima do valor médio da época pré-industrial.

É claro, estamos no começo de uma longa e árdua jornada que será, sem dúvida pontilhada por uma resistência feroz dos atuais detentores das formas tradicionais, “sujas”, de produção de energia.

Porém, ao mesmo tempo, do surgimento e consolidação de novos sistemas de produção de riqueza melhor preparados para os novos tempos.

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