Em seminário
prévio à Reunião de Cúpula do MERCOSUL, realizada no final de dezembro, o
ex-presidente do Uruguai, José Mújica, fez referencia à lentidão do processo de
integração e a falta e consenso entre os sócios, especialmente Argentina e
Brasil, destacando de modo incisivo: “A
tragédia é que sacrificamos o porvir de nossos povos no altar de egos e
interesses menores. Os dirigentes e os políticos da região serão julgados pela Historia
pelos danos que trouxeram à causa comum de um maior e mais justo progresso das
nações do bloco”.
O dito deve ser considerado um chamado à reflexão
para as lideranças que tem a missão iniludível de conduzir seus respectivos
países pelo caminho da integração como um mecanismo de forte impacto positivo
na aceleração do crescimento regional. E aqui temos que destacar negativamente
o governo a Argentina, cujas atitudes nos últimos cinco anos deixaram de lado
os princípios e acordos que deram origem e sustentação à união desses países no altar dos interesses de lobbies
poderosos, de políticos desnorteados e de tecnocratas ufanistas sem
maior comprometimento com a real importância com o processo de
integração regional.
Aparentemente, esse período ruim já passou.
Para o resto do mundo, resulta essencial que o MERCOSUL
possa seguir mostrando que se esforça por manter uma área de desenvolvimento
exemplar, de comércio intenso e aberto, de estabilidade, de paz e que não
fraqueja na busca do equilibro social
e a qualidade de vida, legitimas aspirações de seus povos.
Os danos de
uma possível volta atrás no processo de integração e de futura participação em
outros pactos regionais são substancialmente maiores que as diferenças
existentes, todas passíveis de negociação. Basta lembrar a importância de manter-se
a unidade, força e credibilidade nas negociações vitais ora em face final com a
União Europeia. E com outros grupos interessados da região do Pacífico e de
outras partes do mundo.
Isso, mais
que evidente, não deixa espaço para
usar dificuldades internas que podem emperrar negociações que serão vitais para
dar o formato à convivência internacional desta parte do mundo nas próximas
décadas.
Os presidentes dos países membros fizeram questão em enfatizar,
de todas as formas possíveis, que o “tempo cinza das desavenças” é coisa do
passado e que todos, cientes da importância do MERCOSUL, participarão do
esforço comum na criação de um novo tempo de integração, harmonia e
desenvolvimento.
O tempo dirá!
Bom dia sr. Miguel! Feliz Abençoado e Próspero 2016 para o senhor! Compartilhei seu texto no meu facebook. Abraço e tenha uma ótima semana
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