Os chineses demonstram serem
excelentes lutadores no campo da geopolítica planetária e, de modo especial,
nos últimos cinco anos têm trabalhado com celeridade e eficácia para ganhar
posições estratégicas no vazio deixado pelos EUA e pela Europa.
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Os grandes conquistadores do Século
XIX (Europa) e do Século XX (EUA), imersos na crise global sem forças -
recursos- para revidar a forte arremetida chinesa apenas podem ser espectadores
impotentes que sabem que estão começando a perder fatias do poder global para
um adversário decidido, que luta com admirável competência para ganhar posições
estratégicas no xadrez do jogo pela supremacia mundial.
Disso tudo, é bom reafirmar que as muitas correntes de
mudança que fluem para dar forma à civilização do futuro não permitem escolher
uma causa única ou decisiva para conformar esse mundo cujos contornos estamos
começando a vislumbrar, porém em qualquer cenário projetado para os tempos que
virão, é consensual que a China ocupará um lugar de protagonista.
Nos últimos anos, quando uma ventania
tempestuosa sacudia as estruturas da economia globalizada, sem perdoar nenhum
pedaço do planeta, a China iniciou uma ofensiva mundial para ocupar os espaços
deixados pelos outrora “donos do mundo” e provar que é um país confiável,
forte e que busca a paz, a amizade e a harmonia entre as nações. E
que hoje, é a único que tem a bolsa cheia para investir, financiar e
comprar.
Seguidores do lendário Sun Tzu - até obedecendo a suas táticas militares e ensinamentos filosóficos - chama atenção as constantes viagens dos mais altos mandatários chineses – em especial, seu presidente Xi Jinping e seu primeiro ministro, Li Kegiang – que seguem uma eficaz maratona de visitas à países de todo o mundo, dando especial atenção à nações pobres e emergente da África e de América Latina.
Em tempo: Nessa maratona, o Brasil mereceu uma atenção muito especial.
Aliás, em
2015 o primeiro ministro Li Kegiang completou uma ronda pela América Latina,
que rendeu acordos valorados em 53 bilhões de dólares com Brasil, seguindo por
Chile, Peru e Colômbia, quando contratos por algumas dezenas bilhões confirmam
a intenção do dragão asiático de cumprir a metas de investimentos mínimos de
250 bilhões nos próximos anos.
Tudo isso complementado com o projeto de incrementar em 100% o
intercambio comercial com a região, nos próximos seis anos, até alcançar os 500
bilhões de dólares lá por 2022, somados a que as empresas chinesas não
param de chegar e investir, tanto aproveitando as imensas oportunidades desta
parte do mundo - que reúnem 600 milhões de pessoas e que se estende desde a
fronteira sul dos EUA até a Antártica - como abrindo novos caminhos na
competição global por mercados e negócios.
È importante anotar que para as empresas para
pretendem tirar a máxima utilidade desse novo cenário de negócios, é necessário
cavar cada vez mais fundo na busca de vantagens competitivas, colocando na
ordem do dia conceitos como visão estratégica, inovação, produtividade,
competitividade, parcerias internacionais e audácia para aprovei
tar as
oportunidades dos novos mercados.
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