quarta-feira, 16 de março de 2016

UMA GRANDE JOGADA


Os chineses demonstram serem excelentes lutadores no campo da geopolítica planetária e, de modo especial, nos últimos cinco anos têm trabalhado com celeridade e eficácia para ganhar posições estratégicas no vazio deixado pelos EUA e pela Europa.
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Os grandes conquistadores do Século XIX (Europa) e do Século XX (EUA), imersos na crise global sem forças - recursos- para revidar a forte arremetida chinesa apenas podem ser espectadores impotentes que sabem que estão começando a perder fatias do poder global para um adversário decidido, que luta com admirável competência para ganhar posições estratégicas no xadrez do jogo pela supremacia mundial.

Disso tudo, é bom reafirmar que as muitas correntes de mudança que fluem para dar forma à civilização do futuro não permitem escolher uma causa única ou decisiva para conformar esse mundo cujos contornos estamos começando a vislumbrar, porém em qualquer cenário projetado para os tempos que virão, é consensual que a China ocupará um lugar de protagonista.

Nos últimos anos, quando uma ventania tempestuosa sacudia as estruturas da economia globalizada, sem perdoar nenhum pedaço do planeta, a China iniciou uma ofensiva mundial para ocupar os espaços deixados pelos outrora “donos do mundo” e provar que é um país confiável, forte e que busca a paz, a amizade e a harmonia entre as nações. E que hoje, é a único que tem a bolsa cheia para investir, financiar e comprar. 

Seguidores do lendário Sun Tzu - até obedecendo a suas táticas militares e ensinamentos filosóficos - chama atenção as constantes viagens dos mais altos mandatários chineses – em especial, seu presidente Xi Jinping e seu primeiro ministro, Li Kegiang – que seguem uma eficaz maratona de visitas à países de todo o mundo, dando especial atenção à nações pobres e emergente da África e de América Latina.

Em tempo: Nessa maratona, o Brasil mereceu uma atenção muito especial.

Aliás, em 2015 o primeiro ministro Li Kegiang completou uma ronda pela América Latina, que rendeu acordos valorados em 53 bilhões de dólares com Brasil, seguindo por Chile, Peru e Colômbia, quando contratos por algumas dezenas bilhões confirmam a intenção do dragão asiático de cumprir a metas de investimentos mínimos de 250 bilhões nos próximos anos.

Tudo isso complementado com o projeto de incrementar em 100% o intercambio comercial com a região, nos próximos seis anos, até alcançar os 500 bilhões de dólares lá por 2022, somados a que as empresas chinesas não param de chegar e investir, tanto aproveitando as imensas oportunidades desta parte do mundo - que reúnem 600 milhões de pessoas e que se estende desde a fronteira sul dos EUA até a Antártica - como abrindo novos caminhos na competição global por mercados e negócios.

È importante anotar que para as empresas para pretendem tirar a máxima utilidade desse novo cenário de negócios, é necessário cavar cada vez mais fundo na busca de vantagens competitivas, colocando na ordem do dia conceitos como visão estratégica, inovação, produtividade, competitividade, parcerias internacionais e audácia para aprovei
tar as oportunidades dos novos mercados.





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