Em 22 de abril,
dia de homenagem a Mãe Terra, na sede das Nações Unidas, em Nova York, mais de
150 países assinaram o acordo sobre mudanças climáticas fechado em dezembro do
ano passado na Conferência de Paris, durante a COP 21.
Jamais antes na história da ONU, patrocinadora
e impulsora maior do projeto, tinha sido alcançado um número tão alto de países
que subscrevem uma convenção internacional no primeiro dia em que fica aberta
para assinatura.
E o mais
importante: À diferença do protocolo de Kyoto, entre os signatários estão
algumas das maiores potências industriais do mundo e vários dos principais
emissores de gases do efeito estufa, como China, Estados Unidos, Índia, Japão e
vários países da União Europeia.
O acordo é o
primeiro pacto universal de luta contra a mudança climática de cumprimento
obrigatório e determina que todos os países signatários ajam para que o aumento
da temperatura média do planeta não supere 1,5°C até o fim do Século.
Lembrando que para
entrar em vigor, o acordo de Paris precisa ser ratificado por 55 países que
representem 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, é importante
assinalar o acordo inclui um compromisso de ajudar com US$100 bilhões anuais
para ajudar a países com dificuldade para reduzir a emissão de gases poluentes.
Antes disso, reconhecendo
sua responsabilidade, a China e os EUA - os dois maiores poluidores do Planeta
e máximos responsáveis do efeito estufa – chegaram a um acordo histórico
aprovando um plano conjunto para reduzir para níveis de 1990 suas emissões nos
próximos 20 anos.
Isso, em outras
palavras, ao mesmo tempo em que significa uma redução no modo de produzir
energia derivadas do carvão e do petróleo - os dois maiores agentes isolados
responsáveis pela elevação da temperatura terrestre – assinala a necessidade de
promover fontes alternativas, não emissoras de gases nocivos, tanto para
substituir parte de seu modo predador de produzir riqueza como para atender o
crescimento forçoso da demanda.
No seu recente
relatório anual, a Organização
Meteorológica Mundial (OMM) revela que os gases com efeito de estufa retidos na
atmosfera – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso - atingiram um novo
recorde, continuando a corrida que alimenta uma sequência de efeitos catastróficos
sobre a civilização (despreocupada?) que desfruta das benesses do Planeta Terra
em esse Século XXI.
Efeitos que
mostram seus danos nas secas cada vez mais devastadoras, no aumento de acidez
das águas dos oceanos, no derretimento das calotas polares e dos gelos das
alturas, no aumento de inundações pelos excessos de chuvas em determinados
locais, no aumento de doenças do aparelho respiratório e na extinção ou
escassez de espécies animais, só para citar os mais visíveis. Mas todos eles de
efeitos colaterais que sustentam uma corrente de males calamitosos para a
continuidade da vida no Planeta.
Deve ser destacado o apelo do
presidente da Francia, François Hollande, que chamou à mobilização de todos com
a finalidade de segurar a deterioração do clima afirmando que “a causa
principal da degradação ambiental e do clima é um estilo de vida, um modo de
produção e um modo de consumo que não é compatível com o desenvolvimento
humano. Nossa relação com o Planeta deve ser repensada completamente, desde que
se trata de uma questão de ética fundamental”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário