quinta-feira, 28 de abril de 2016

O PLANETA DE TODOS


Em 22 de abril, dia de homenagem a Mãe Terra, na sede das Nações Unidas, em Nova York, mais de 150 países assinaram o acordo sobre mudanças climáticas fechado em dezembro do ano passado na Conferência de Paris, durante a COP 21.  

 Jamais antes na história da ONU, patrocinadora e impulsora maior do projeto, tinha sido alcançado um número tão alto de países que subscrevem uma convenção internacional no primeiro dia em que fica aberta para assinatura.

E o mais importante: À diferença do protocolo de Kyoto, entre os signatários estão algumas das maiores potências industriais do mundo e vários dos principais emissores de gases do efeito estufa, como China, Estados Unidos, Índia, Japão e vários países da União Europeia.

O acordo é o primeiro pacto universal de luta contra a mudança climática de cumprimento obrigatório e determina que todos os países signatários ajam para que o aumento da temperatura média do planeta não supere 1,5°C até o fim do Século.

Lembrando que para entrar em vigor, o acordo de Paris precisa ser ratificado por 55 países que representem 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, é importante assinalar o acordo inclui um compromisso de ajudar com US$100 bilhões anuais para ajudar a países com dificuldade para reduzir a emissão de gases poluentes.

Antes disso, reconhecendo sua responsabilidade, a China e os EUA - os dois maiores poluidores do Planeta e máximos responsáveis do efeito estufa – chegaram a um acordo histórico aprovando um plano conjunto para reduzir para níveis de 1990 suas emissões nos próximos 20 anos.

Isso, em outras palavras, ao mesmo tempo em que significa uma redução no modo de produzir energia derivadas do carvão e do petróleo - os dois maiores agentes isolados responsáveis pela elevação da temperatura terrestre – assinala a necessidade de promover fontes alternativas, não emissoras de gases nocivos, tanto para substituir parte de seu modo predador de produzir riqueza como para atender o crescimento forçoso da demanda.

No seu recente relatório anual, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) revela que os gases com efeito de estufa retidos na atmosfera – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso - atingiram um novo recorde, continuando a corrida que alimenta uma sequência de efeitos catastróficos sobre a civilização (despreocupada?) que desfruta das benesses do Planeta Terra em esse Século XXI.

Efeitos que mostram seus danos nas secas cada vez mais devastadoras, no aumento de acidez das águas dos oceanos, no derretimento das calotas polares e dos gelos das alturas, no aumento de inundações pelos excessos de chuvas em determinados locais, no aumento de doenças do aparelho respiratório e na extinção ou escassez de espécies animais, só para citar os mais visíveis. Mas todos eles de efeitos colaterais que sustentam uma corrente de males calamitosos para a continuidade da vida no Planeta.

Deve ser destacado o apelo do presidente da Francia, François Hollande, que chamou à mobilização de todos com a finalidade de segurar a deterioração do clima afirmando que “a causa principal da degradação ambiental e do clima é um estilo de vida, um modo de produção e um modo de consumo que não é compatível com o desenvolvimento humano. Nossa relação com o Planeta deve ser repensada completamente, desde que se trata de uma questão de ética fundamental”.





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