Bem, essa terrível imagem se aproxima muito de um fiel
retrato do sistema financeiro global, muito bem representado por apenas os 28 maiores bancos do planeta que,
juntos, detém 90% dos ativos disponíveis entre mais de 100.000 instituições
existentes. Ou, em síntese, uns 60 trilhões de dólares –trilhões mesmo - algo
como 75%% de toda a riqueza produzida no mundo, medida pelo PIB – Produto Interno
Bruto –em 2014. Uma brutalidade!
François Mourin, professor emérito da Universidade de
Toulouse e membro do conselho do Banco Central da França, autor do renomado
livro A Hidra Mundial, o Oligopólio
Bancário, afirma categoricamente: “Os
Estados são reféns dessa hidra bancária e são disciplinados por ela. A crises
globais são uma amostra de seu poder”.
E que, concentrando recursos mais
de três vezes superiores ao PIB dos EUA, essa fantástica maquina de poder
coercitivo é um mecanismo ideal para dirigir, de acordo com seus objetivos, a
política, a economia e os acontecimentos chaves do planeta e, consequentemente,
o destino de uma boa parte da humanidade (?).
Agora, é importante lembrar que, de acordo com a
Transparência Internacional, que é a fonte global mais categorizada para captar
os deslizes do “sistema”, pelo menos 40% dos lucros dos “28” tem como origem a intermediação de operações censuráveis, alimentadas
pela sonegação, a corrupção, a prostituição, a manipulação de mercados, o
trafego de drogas, de armas e de pessoas, o terrorismo, as guerras, a extorsão,
a pilhagem de fundos públicos e todas as formas de crime organizado, enfim, não
faltam fontes de dinheiro desonesto para fazer dessas “operações” uma mina de
ouro inesgotável. Em tempo os: Os rendimentos dessa intermediação infame, em
função à sua natureza obscura, são imensamente superiores àqueles derivados de
operações normais, legais e transparentes. Ou, em outras palavras: O crime compensa, especialmente quando
cometido por poderosos banqueiros.
Daí, com a atuação descarada
desse grupo e com sua estreita colaboração, não é por casualidade que hoje
ultrapassam os 22
trilhões de dólares, que é, pasmem, o total financeiro desviado para
paraísos fiscais por esses possuidores-sonegadores (?) – de uma parte
substancial da riqueza do Planeta. E isso não
é tudo: Existem indicações que podem ser acrescentados outros 20 trilhões em propriedade e outros ativos – duas
Chinas – a essa montanha de dinheiro que, se outra coisa não é, significa uma prova
mais da distorção obscena do sistema de distribuição da riqueza mundial.
Essas informações são parte do
relatório “The Price of Offshore Revisited”, de autoria de James Henry, ex-economista
chefe de McKinsey & Company, uma das maiores e mais prestigiosas firmas de
consultoria do mundo, e foi preparado por solicitação de Tax Justice Network, uma das entidades líderes do
globo no combate á corrupção, usando dados do Banco de Compensações
Internacionais, do FMI, do Banco Mundial e de governos locais.
E tem mais: Os impostos devidos
nos seus países de origem chegam aproximadamente a 14 trilhões de dólares que, comparativamente, é 150 vezes mais que a soma de todos os
programas de ajuda humanitária patrocinados pelas Nações Unidas em 2014.
As grandes falcatruas tem endereço
certo!
++Monstro mitológico, aterrador, com varias
cabeças de serpente, que quando lhe cortavam uma, nasciam duas em seu lugar.
Tinha um corpo de dragão e seu hálito, assim como seu sangue, eram venenosos.
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