segunda-feira, 10 de novembro de 2008

EXPORTAR É A SOLUÇÃO

Interessante: 40 anos atrás, "EXPORTAR É A SOLUÇÃO" era o slogan da campanha oficial para motivar as empresas para sacudir a poeira do letargo colonial das exportações tradicionais de café, cacau, açúcar, banana e madeira – que representavam qualquer coisa próxima aos 90% das vendas externas – e partir para conquista de novos mercados pelo mundo afora.

Historicamente, foi a primeira vez que a burocracia governamental demostrava entender a importância crucial da inserção internacional do País como alavanca para a geração de empregos, incentivo para a melhoria da qualidade, da produtividade e da competitividade, geração de divisas sadias, atração de investimentos, aplicação de novas tecnologias e de novos sistemas de gestão.. enfim, seria um elo fundamental para do circulo virtuoso do desenvolvimento.

Hoje, num mundo onde o comércio internacional é uma das medidas mais importantes para julgar a capacidade de competir nos cenários globalizados, as exportações brasileiras têm também o rol estratégico de contribuir diretamente para manter o processo de estabilização detonado pelo Plano Real.

Mas, representando pouco mais de 1% do total mundial, estão muito aquém das necessidades e das potencialidades do Brasil. E, desde que concentradas em poucas centenas de empresas, resulta fundamental multiplicar o número de exportadores, motivando especialmente as P&M empresas industriais a competir internacionalmente, tanto pelo significado específico do negócio além fronteiras, como pela percepção de que o sucesso no mercado interno recebe a influência direta das atividades externas, desde que ambos espaços mantêm, cada vez mais, íntimas relações de interdependencia.

Além de uma taxa de câmbio favorável e das medidas já existentes de apoio à expansão das vendas externas, é também cada vez mais importante somar densidade econômica aos produtos, o que significa um crescimento do conteúdo tecnológico que, cada vez mais, ajudará a abrir novas portas no fechado mundo das exigências internacionais de sofisticação e diferenciação.

Ainda, é preciso implementar políticas coerentes com a realidade de guerra comercial permanente, o que obriga, sob pena de pesadas perdas, a manter princípios de excelência na gestão dos negócios internacionais, o que exige investimentos prévios, sólidos sistemas de informação, políticas de marketing competitivas, continuidade de esforços e uma diretriz firme de pautar as ações internacionais sob a égide de políticas de eficiência, inovação e criatividade.

Só para pensar: apenas para manter a participação brasileira no mercado mundial, seria preciso acrescentar uns 75% - uns U$ 120 bilhões - sobre os resultados de 2007 - nas vendas externas.

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