terça-feira, 18 de novembro de 2008

O PARCEIRO ESTRATÉGICO

O mundo treme indeciso sem entender o porque da “crise globalizada” nem o rumo a seguir para diminuir seus nefastos efeitos e busca, já em desespero, soluções salvadoras.

Os olhares ansiosos já não se dirigem ao todo poderoso (ex) EE.UU. – considerado, pela grande maioria, o principal responsável pelo "embroglio" no qual está submersa a outrora (aparentemente) sólida economia mundial – mas sim à distante China - “Na China está a salvação”, afirmam muitos afoitos, que acreditam que a luz no final do túnel tem a forma da tradicional lâmpada, feita de papel e bambu, que deve iluminar o caminho a ser seguido para sair dessa monumental enrascada do sistema liberal-capitalista.

E que a miragem de um crescimento sustentável, devidamente embalado num “capitalismo à chinesa” e politicamente apoiado em lideranças fortes, tem atrativos evidentes e oferece alternativas que merecem ser analisadas. Antes que afundemos todos no oceano agitado pelas ondas selvagens do capitalismo-liberal!

Na vida real, pelo pior camino imaginável – ameaça de uma recessão global – percebemos que a interdependencia entre as nações deixa de ser apenas um tema de conversa diplomática nos envidraçados salões da sede da ONU em Nova York, para vir a ser uma questão urgente, inmediata e que exige medidas e posicionamentos concretos.

E também que a solidez da economia dos EE.UU. significa - admitam ou não governos, polìticos, economistas e izquerdistas de plantão - uma salvaguarda necessária para sustentar, pouco ou muito, a saúde econômica/financeira de 99% dos paìses da terra. Direta ou indiretamente.

Incômoda situação, diriam os mais sabidos, que lembram das lições da história e torcem a nariz quando percebem as conseqüências e as artimanhas desse sorrateiro tipo de neo-colonialismo.

Bem, a China apresenta credenciais muito fortes para dar uma ”mãozinha” ao mundo em crise: tem um mercado potencial 7 vezes maior que aquele do Brasil; suas reservas em divisas estrangeiras de praticamente 2 trilhões de dólares são 10 vezes maiores que as nossas; rivaliza e em breve deve superar Alemanha como a segunda potência comercial do mundo, logo abaixo dos EE.UU; tem uma política eficaz de aproximação e ajuda com os países pobres e emergentes; é o maior produtor, importador, exportador, consumidos mundial de mais de 60 bens econômicos estratégicos, enfim, tem um quinto da população mundial, o que significa uma população 7 vezes maior daquela que habita a terra descoberta por Pedro Alvarez Cabral.

Sobretudo, tem o desejo manifesto de superar os EE.UU e ocupar seu lugar como a maior potência do mundo!

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