segunda-feira, 18 de maio de 2009

UM SALTO PARA O FUTURO

A história ensina que foi nos Séculos XIV e XV que as naus de Portugal e de Espanha cruzaram destemidas os mares para a epopéia dos descobrimento das terras de América, da África e da Asia, dando assim a grande arrancada para o que hoje chamamos processo de globalização. Outrossim, não é menos verdade que, tal como aconteceu nos mais de 5 séculos que nos separam desses tempos heróicos, esse evento fundamental nas relações entre os povos projeta para o futuro cenários confusos, de luzes e de sombras; de benefícios indiscutíveis e, paradoxalmente, de malefícios condenáveis; e, de um modo mais visível, de angustias para uns e, para outros, poder e privilegios

Numerosas são as indagações sobre as características dessa ordem que deve surgir da maior crise econômica/financeira dos tempos modernos, com predições conflitantes que pretendem estabelecer os sendeiros do desenvolvimento e do bem estar das passoas para o futuro. Mas é quase consensual que no campo empresarial, para tentar o sucesso nesse cenário multifacetado, é necessário, melhor, é fundamental, uma mudança radical na cultura de gestão dos negócios, enterrando os ícones do passando para dar espaço aos novos deuses que guiarão os escolhidos pelos incertos caminhos do futuro

Ou: se estamos convencidos que nos tempos vindouros a nova riqueza das empresas passa a ter como paradigmas o conhecimento, a inteligência, a inovação e a criatividade, é preciso sair do comodismo fácil do tipo “os fatos do passado são uma boa base para entender o presente” para a ousadia de acreditar que “a visão do futuro deve dar forma ao presente”.

Assim, quando se pensa na competitividade como o resultado final da excelência empresarial, nada melhor que fugir como gato escaldado do axioma empoeirado “ fuja das ameaças”, para buscar o refúgio seguro em “transforme as ameaças oportunidades” . E também, escapar de “todo se consegue resolvendo problemas”, para o dinamismo de “todo se consegue explorando oportunidades”. O que significa ter a coragem para deixar de lado “procure ser o melhor” para o desafio extremo de “procure ser diferente”.

Lutar com hábitos seculares não é fácil. Porém, é questão de sobrevivência e crescimento. Exemplo: há menos de 15 anos, era possível afirmar que “as informações tenderão a dobrar cada 14 meses” Hoje, sabemos “que as informações tendem dobrar cada 80 dias”. O que, traduzindo, obriga sair do antigo “é preciso aprender”, para o novo “é preciso aprender, desaprender e reaprender”.

Agora, no arrastão desvairado desses novos tempos, sem heróis e sem donos, dirigidos pela mão de ferro do “sistema”, o local vira regional; o regional, nacional; o nacional, internacional, e a afirmação escrita a fogo no portal de cada empresa “ a qualidade garante o sucesso’, precisa ser passada a limpo: “sem qualidade não existe sucesso. O que não significa que apenas com qualidade o sucesso está garantido”

Até que, apesar dos pesares, a visão dessa nova ordem não deixa de ser absolutamente fascinante!

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