quinta-feira, 7 de maio de 2009

PARCERIA

Eis uma notícia histórica:

"A balança comercial de abril de 2009, divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mostra que a China ultrapassou os Estados Unidos como o principal parceiro econômico do Brasil. A corrente de comércio Brasil-China, no mês, somou US$ 3,2 bilhões, enquanto que com os Estados Unidos foi de US$ 2,8 bilhões. No consolidado do ano, a corrente de comércio entre os dois países chegou a US$ 10,2 bilhões, um aumento de 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi de US$ 8,9 bilhões".

O que passou quase despercebido não e apenas uma mudança nos padrões de participação nos fluxos de comercio internacional do Brasil mais, fundamentalmente, a conclusão de todo um processo histórico da edificação de um mercado, do qual ambos os países foram importantes parceiros.

Na verdade, isso confirma nossa visão de que temos que dar cada vez mais atenção aos países asiáticos e, muito particularmente, à China, da qual esperamos muitas notícias positivas para nosso país nos tempos que virão.

Vale lembrar, por outro lado, que o fator China, além de ser significativo para as exportações brasileiras nos últimos dez anos, é revelador para explicar a expressiva mudança de rumo no comércio exterior, agora globalizado, que se desloca do Atlântico – liderado por Europa/EUA – para o Pacífico, onde desponta uma dúzia de novas economias emergente, o Japão de lado.

Em tempo: com a mirada no futuro, os governos brasileiro, chileno e boliviano assumiram um compromisso de terminar, até o ano que vem, o chamado corredor interoceânico, que ligará os portos de Arica e Iquique, no norte do Chile, ao porto de Santos, em São Paulo, passando pela Bolívia. E alternativa, a somar àquela mais ao norte, que termina no porto do Callao, no Peru.

E para irrigar esse comercio, o Banco da China, um dos maiores do mundo, prepara-se para abrir em São Paulo sua primeira agência na América do Sul, ao mesmo tempo em que Pequim prepara linhas de financiamento acima de US$ 11 bilhões para o Brasil. Estudo do Deutsche Bank aponta, em meio à crise global, uma segunda onda de investimentos de Pequim no estrangeiro agora acionada por bancos e seguradoras chinesas querendo ser globais, e o Brasil estão no radar do gigante asiático.

Polêmicas à parte, desponta um fato indiscutível quando percebemos que entre 300 até 400 milhões de chineses – com destaque para “elas” - podem tranquilamente ser incluídos entre os consumidores de classe média, o que representa umas cinco vezes o seu equivalente brasileiro.

E, fundamental, a demanda de produtos ocidentalizados desses “novos ricos” abre oportunidades gigantescas no planejamento, organização, design, produção, comércio, logística e marketing, passando a ser parte essencial da moldura da nova economia do Século XXI.

Com a palavra, os empreendedores brasileiros.

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