sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

CHINA EM FOCO (1)

• Números fabulosos

As contas revisadas de 2007 do PIB chinês colocam o colosso asiático como a terceira economia do mundo, com 3,74 trilhões de dólares de bens e serviços produzidos.
Fogos de artifício aparte, essa cifra impressionante precisa ser considerada no marco de sua relatividade, comparando-a com aquelas de outros grandes competidores na corrida pela produção da riqueza global. Assim, comparativamente, esse valor - que é aproximadamente o dobro daquele do Brasil - está 10% acima do PIB da Alemanha, agora na quarta posição no ranking; 18% abaixo do Japão, segunda potencia mundial; e corresponde apenas a 28% do PIB dos EE.UU, lider disparado.
Sem esquecer que tudo é calculado pelo conceito tradicional de medir o produto interno bruto dos países a preços de mercado, com base na cotação média da moeda local com relação ao dólar americano.

• Papel fundamental

O presidente Hu Jintao afirmou que com o crescimento previsto de 8% a 10% para 2009 a China reforça o papel do país como uma das peças chaves na recomposição da arquitetura financeira/econômica global.E isso será alcançado do modo que eles conhecem bem: crescendo de um modo contínuo, sustentável e acelerado.
Esse desempenho positivo deve continuar a criar mercados para o resto do mundo e ajudar a promover o avanço de outros países, especialmente aqueles que, como é o caso dos emergentes, têm na exportação de matérias primas uma das mais importantes fontes de divisas e riquezas.
Só como exemplo: em 2008 a China foi o segundo cliente brasileiro de commodities, superado apenas pela União Européia com seus 27 integrantes.

• Muito dinheiro

Com quase dois trilhões de dólares em seus cofres, a China fechou 2008 com as maiores reservas de divisas do planeta - 9,5 vezes maiores que as reservas brasileiras - equivalentes a 35% do total mundial.
Considerando também as reservas de outros países da região, – Japão, Índia, Kóreia do Sul, Singapura, etc – resulta que estão na Ásia mais de 75% dos recursos existentes à disposição dos bancos centrais o que, entre outros aspectos, traz à tona a pergunta: Porque as sedes dos principais organismos financeiros internacionais (FMI, BM, CFI, etc.) devem estar localizados em Washington?

• Investimento externo

Em 2008, com um aumento de 23% sobre 2007, a China recebeu mais de 93 bilhões de dólares de investimentos diretos do exterior, continuando na posição do líder entre os emergentes e superando o Brasil em aproximadamente 130% na preferência e na confiança dos investidores estrangeiros, especialmente das grandes multinacionais.

Foto: distrito financeiro de Shangai

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