sexta-feira, 3 de abril de 2009

A LUZ NO FIM DO TÚNEL


Com um consenso nunca antes visto na história das (muitas) convulsões da economia capitalista, os países do G-20 chegaram a um acordo inédito sobre o calibre, a direção e o alcance do foguete que deve atingir, com gigantescos efeitos saneadores, a crise globalizada.

Tenhamos Fe. Sejamos otimistas. Temos que acreditar que aquilo que foi dito nas conferencias de imprensa assim como tudo o que esta escrito na Declaração Final da Cúpula, é para ser cumprido. E também exercitemos nossa boa vontade para acreditar nos efeitos dos “remédios” que atacarão os flagelos da desordem planetária. Ao final, algum efeito devem fazer os cinco trilhões de dólares que ajudarão na recuperação da economia mundial em desespero. (Três vezes o PIB do Brasil!!).

E claro que assustam as imagens dessa ciranda tenebrosa de causa-efeito-causa, turbinada pela atividade econômica ladeira abaixo; desemprego em massa; queda vertiginosa do comércio internacional; aumento insuportável da mortalidade, fome e doenças nos países mais pobres; ameaças de protecionismo; redução brutal dos investimentos e tensão crescente entre os países, na medida em que as perspectivas ficam obscurecidas pela eminência de uma recessão de efeitos sociais catastróficos. Enfim, uma visão digna do apocalipse!!

De tudo, o pior é a perda da esperança, é o desespero daqueles que vem seus sonhos morrer engolidos pelo turbilhão do caos do sistema sem rumo. Esses, os mais numerosos, geralmente os que menos têm, são sempre as primeiras vítimas.

Mas, agora tem uma luz. E que brilha muito mais forte porque é alimentada pelo consenso entre as 20 nações mais poderosas do planeta. Ficaram de lado as divergências entre o mais poderoso (EUA); os mais ricos (os países da Europae o Japão); os maiores emergentes (Brasil, Rússia, Índia, e China); os latinos (Argentina e México); e todos os demais participantes desse encontro único, inédito e que, seguramente, será um marco nas relações internacionais.

O compromisso final pode ser resumido em:
"Estamos empreendendo uma expansão monetárial concertada e sem precedentes, que salvará ou criará milhões de empregos que, de outra forma , teriam sido destruídos, na expectativa de que até o fim do ano que vem somará US$ 5 trilhões, aumentará a produção em 4% e acelerará a transição para uma economia verde". (Aqui, a Petrobras e os produtores brasileiros de combustíveis alternativos não sabem como esconder os sorrisos).

Para finalizar, eclipsando todos os demais, tanto por suas propostas e opiniões como por seu carisma e “charme” pessoal, dois presidentes ganharam uma nova liderança – que deve ser somada àquela que já desfrutavam – e que, na realidade, se estende a seus respectivos países:
Barack Obama e Lula.

Bom para todos.

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