A VI Cume Empresarial China-América Latina, realizada
recentemente em Hangzhou, importante cidade de China, com 6.500.000 de habitantes,
foi o palco para o encontro de mais de 1.000 lideranças econômicas reunidas com
o objetivo de traçar o caminho para o aumento substancial das relações econômicas
entre ambas as partes nos próximos dez anos.
O encontro, cuja primeira versão aconteceu em Santiago de
Chile em 2007, é uma plataforma privada para que milhares de empresários discutam
os diversos projetos de colaboração econômica e comercial entre o gigante asiático
e seus pares da América Latina.
Organizado pelo CCDCI (Conselho Chinês para o
Desenvolvimento do Comércio Internacional), entidade privada de promoção de
negócios, suas conclusões são diretamente encaminhadas às autoridades chinesas
e integram as diretrizes oficiais para melhoria das relações econômicas com
América Latina, sendo que, nestes cinco anos, tem se transformado no mais
influente mecanismo de orientação do comércio e dos investimentos entre ambas
as regiões.
Uma de suas metas é aumentar o intercambio comercial
China-América Latina dos atuais 400 bilhões de dólares anuais para atingir os
1.000 bilhões (um trilhão) de dólares já em 2020..E, no mesmo período, a pretensão é triplicar os
investimentos produtivos, com o suporte, em parte, dos 15 bilhões de dólares já
oferecidos por bancos oficiais da China. Que,
aqui entre nós, é apenas uma pequena parte do total de investimentos chineses
planejados para esta região nos próximos 10 anos.
Pela sua atualidade, não pode ser
facilmente esquecido um dos temas que o presidente do Conselho, Wan Jifel, ressalvou
no seu discurso de abertura do evento: “Nesses
momentos de perturbação do clima de negócios, precisamos insistir para no cair
no canto de sereia do protecionismo como penácea para corrigir as penúrias das
economias em crise, buscando soluções que podem aparecer como politicamente atraentes
no curto prazo, mas que, inevitavelmente, no médio e longo prazos, causarão
males muitos maiores daqueles que se pretende remediar”
E prossegue: “A Historia e os fatos são eloqüentes em demonstrar que o desenvolvimento
sustentável, do ponto de vista econômico, é muito melhor servido com o
crescimento dos fluxos de negócios entre as nações. Nós temos nas mãos um bom
exemplo da cooperação exitosa sul-sul que não deve ser artificialmente
estorvado. Isso, entre outros benefícios importantes, favorece a recuperação da
economia mundial”.
É
de lembrar que a função estabilizadora dos negócios internacionais é componente
fundamental para materializar as boas relações entre os países e, como
conseqüência, é vital para a criação do clima necessário para a
manutenção da paz. Esse aspecto dos negócios internacionais merece uma atenção redobrada de todas as entidades empresariais que, de
um modo até agora pouco lembrado, são também parte importante do esforço para
manutenção da harmonia ente as nações.
As
Nações Unidas tem demonstrado exaustivamente que existe uma correlação direta
entre comércio, desenvolvimento e paz,
onde se verifica que quando existem laços comerciais fortes, as controvérsias
são suavizadas pelo predomínio de interesses comuns e os índices de
desenvolvimento não param de crescer. Para o bem de todos!
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