sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A TRÍADE



A VI Cume Empresarial China-América Latina, realizada recentemente em Hangzhou, importante cidade de China, com 6.500.000 de habitantes, foi o palco para o encontro de mais de 1.000 lideranças econômicas reunidas com o objetivo de traçar o caminho para o aumento substancial das relações econômicas entre ambas as partes nos próximos dez anos.
O encontro, cuja primeira versão aconteceu em Santiago de Chile em 2007, é uma plataforma privada para que milhares de empresários discutam os diversos projetos de colaboração econômica e comercial entre o gigante asiático e seus pares da América Latina.
Organizado pelo CCDCI (Conselho Chinês para o Desenvolvimento do Comércio Internacional), entidade privada de promoção de negócios, suas conclusões são diretamente encaminhadas às autoridades chinesas e integram as diretrizes oficiais para melhoria das relações econômicas com América Latina, sendo que, nestes cinco anos, tem se transformado no mais influente mecanismo de orientação do comércio e dos investimentos entre ambas as regiões.
Uma de suas metas é aumentar o intercambio comercial China-América Latina dos atuais 400 bilhões de dólares anuais para atingir os 1.000 bilhões (um trilhão) de dólares já em 2020..E, no mesmo período, a  pretensão é triplicar os investimentos produtivos, com o suporte, em parte, dos 15 bilhões de dólares já oferecidos por bancos oficiais da China. Que, aqui entre nós, é apenas uma pequena parte do total de investimentos chineses planejados para esta região nos próximos 10 anos.
Pela sua atualidade, não pode ser facilmente esquecido um dos temas que o presidente do Conselho, Wan Jifel, ressalvou no seu discurso de abertura do evento: “Nesses momentos de perturbação do clima de negócios, precisamos insistir para no cair no canto de sereia do protecionismo como penácea para corrigir as penúrias das economias em crise, buscando soluções que podem aparecer como politicamente atraentes no curto prazo, mas que, inevitavelmente, no médio e longo prazos, causarão males muitos maiores daqueles que se pretende remediar”
E prossegue: “A Historia e os fatos são eloqüentes em demonstrar que o desenvolvimento sustentável, do ponto de vista econômico, é muito melhor servido com o crescimento dos fluxos de negócios entre as nações. Nós temos nas mãos um bom exemplo da cooperação exitosa sul-sul que não deve ser artificialmente estorvado. Isso, entre outros benefícios importantes, favorece a recuperação da economia mundial”.
É de lembrar que a função estabilizadora dos negócios internacionais é componente fundamental para materializar as boas relações entre os países e, como conseqüência, é vital para a criação do clima necessário para a manutenção da paz. Esse aspecto dos negócios internacionais merece uma atenção redobrada de todas as entidades empresariais que, de um modo até agora pouco lembrado, são também parte importante do esforço para manutenção da harmonia ente as nações.
As Nações Unidas tem demonstrado exaustivamente que existe uma correlação direta entre comércio, desenvolvimento e paz, onde se verifica que quando existem laços comerciais fortes, as controvérsias são suavizadas pelo predomínio de interesses comuns e os índices de desenvolvimento não param de crescer. Para o bem de todos!

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