Horizontes
Logo aí na volta
da esquina ou muito próximo, na linha do tempo gregoriano marcando entre 2020 e
o final da 3a. década do Século, seremos testemunhas, ou parte, de algumas
mudanças ainda incríveis para a maioria dos habitantes desse atribulado planeta
chamado Terra.
Na prática,
apenas se cumpre um antigo aforismo árabe: “Tudo
muda, inexoravelmente. Apenas, nem sempre sabemos quando”.
Como é habitual,
respeitáveis instituições no mundo todo procuram divulgar uma síntese daquilo
que pode causar mais impacto nos anos que virão, antecipando aquelas
transformações que tem um enorme potencial para mudar nossas vidas,
negócios, comportamento,
relacionamentos, visões do futuro, enfim, colocam em cartaz algo assim como uma
pré-estréia de imagens avassaladoras sobre nosso futuro.
È
fundamental a percepção de que nesse mundo
novo - a diferença dos tempos passados, quando a terra, o trabalho, as
matérias primas, a produção de bens tangíveis e a situação geográfica eram os
símbolos máximos do poder e da riqueza
das nações – componentes inovadores na forma de
dados, informação, símbolos, cultura, valores, imagens, ciência, que
sintetizamos como “conhecimento, a
fronteira final da civilização”, no dizer do John Kenneth Galbraith, passam
a fazer parte importante do patrimônio das nações. E, inevitavelmente, de sua
importância e força.
Cuidados
Mas, tem algo mais: esses “impactos transformadores” não terão o mesmo efeito em todo o
globo, sendo de presumível que as sociedades atualmente mais avançadas
entenderão e farão melhor uso de seus benefícios e do poder decorrente. Isso,
na sua essência, como efeito colateral, poderá aumentar a ruptura social - o abismo entre os que mais têm e os que pouco ou
nada têm - a menos que os governos, sabiamente(?), estabeleçam políticas e
mecanismos para que isso não aconteça. Ou, pelo menos, para atenuar os
possíveis efeitos negativos dessa nova onda de tecnologia e inovação que, na
sua essência, também pode dar um impulso indesejável e perigoso na revolta de grupos
cada vez mais distantes dos benefícios do progresso.
Sob tais
circunstancias, é importante que esse cuidado para democratizar os benefícios desse mundo novo também faça parte da agenda dos gestores da governança
planetária.
Flashes
Apenas nos atrevemos
a listar algumas poucas entre as quase 120 “transformações
de ruptura” identificadas pela Microsoft e que, seguramente, tem o
potencial para fazer alterações substanciais em nosso modo de transitar por
esse minúsculo pedaço de universo chamado Planeta Terra:
. Até o final da presente década, utilizando apenas
as informações do ADN pessoal, os médicos poderão diagnosticar e prescrever tratamentos personalizados centenas de vezes
mais eficientes que aqueles utilizados na atualidade.
. Em
2030, 80% das pessoas viverão em cidades. Antecipando um
possível caos muitos governos avançam na construção de “cidades inteligentes”,
onde a tecnologia de informação permitirá conhecer e antecipar as necessidades
da população e, na medida em que os computadores aprendem a entender o que as
pessoas precisam, o que gostam, o que fazem, como se movimentam, será possível transformar os conglomerados
urbanos em locais muito mais agradáveis para se viver.
. Com o
impulso das novas tecnologias os computadores poderão
raciocinar e interagir cada vez mais intensamente com os humanos e, entre outra
tantas utilizações, proporcionarão aos educadores
novos instrumentos para conhecer seus alunos
e assim desenhar programas de estudos ajustados às características de cada um,
multiplicando notavelmente o volumem, qualidade e abrangência de seus
conhecimentos..
. Pouco depois
de
2020, 70% da população mundial terá acesso a dados móveis e o trafego
planetário deverá crescer ate 11 vezes e, inclusive, será duplicada a
velocidade media de transmissão, com
potencial para continuar evoluindo exponencialmente.
. La
pela metade da década dos 30 estaremos carregando no
bolso aparelhos mais expertos,
inteligentes e capazes, acomodando o que, preliminarmente, os cientistas
definem, como um 2º. celebro
neural-positrônico, carregando bilhões de vezes mais informações que o mais
potente de nossos atuais PCs.
Por mais incrível que isso tudo pareça, nossa
civilização – ou pelo menos uma parcela privilegiada - caminha,
inexoravelmente, nessa in direção.
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