Forças
gigantescas pugnam pela supremacia global, num mundo onde a única certeza é que
tudo deve mudar. No horizonte apenas perceptível dos tempos que virão e buscando
acalmar a inquietude dos mais afoitos para decifrar os signos dos Oráculos para
tentar predizer o futuro, nada melhor que fazer uma síntese de alguns poucos
aspectos que, de um modo ou outro, vai contribuir para demarcar o futuro. E,
para alguns, até pode ser bom para aprimorar sua postura como inquilinos
temporários do Planeta Terra:
Vivemos num mundo de complexidade crescente, distorções
avassaladoras e paradoxos inexplicáveis. Isso, em síntese, colabora para
aumentar a insegurança material, social e psicológica dos seres que transitam
por este atribulado pedaço do universo.
Muitos acreditam que estão presos a um sistema
e político, econômico e financeiro que não entendem, não desejam e não atende
suas expectativas. Conseqüentemente, precisa mudar. A grande dúvida é como mudar e para onde.
Nos países mais ricos, é natural que grande parte de
seus habitantes tenha a esperança de desfrutar de um ganho adequado e crescente.
Essa maioria habitua-se a que isso é perfeitamente natural, condicionando assim
seus desejos e expectativas. Tradicionalmente, esse modo de ver o futuro parece
não aceitar nem entender a existência de limites naturais nos recursos
disponíveis do planeta.
A globalização não tem criadores conhecidos,
não tem início definitivo no tempo, não tem nacionalidade. Simplesmente, aconteceu.
Então, em conseqüência, não tem compromissos. È livre para fazer o bem – como
muitas vezes realmente faz. Mas também pode semear o mal e contribuir para as
mazelas que afligem a humanidade, como muitas vezes acontece. Quem sabe, deve
ser vista apenas como a continuação do processo milenar para tentar encontrar o
caminho da prosperidade. Ou, eventualmente, como uma forma para impor a vontade
dos poderosos – que tudo têm – para a maioria – que pouco ou nada têm.
As 500 maiores
multinacionais {empresas, conglomerados, entidades} são as verdadeiras
detentoras do poder globalizante. Essa fantástica concentração de força permite
decisões centralizadas que podem mudar, a sua vontade, o curso da vida de
muitos povos da terra.
A verdade crua e nua é que o motor do crescimento da grande empresa è a ânsia incontrolável
de lucro. E do poder a ele associado.
Desde o princípio dos
tempos conhecidos, de um modo ou outro, os mais fortes impuseram sua vontade
sobre os mais fracos.
Um novo colonialismo veste a aparência do conhecimento, da tecnologia, das patentes, dos
direitos de quem chegou (o fez) primeiro. Persistentemente, com outra roupagem,
recria o passado e pode considerar-se como o maior perigo que assombra o futuro
dos países menos aquinhoados.
É preocupante a semelhança, no mundo todo, entre os erros nefastos cometidos pelas
lideranças políticas e os gestores econômicos nos últimos dois séculos e a
crise que assola o mundo nesse começo de Século XXI. Nunca aprenderemos?
A História ensina que na
guerra, na política e na economia, as primeiras vítimas são a verdade e a inocência.
Por isso são, de muitas formas, os matadores encobertos das ilusões.
Predizer como será a China – considerada o maior fenômeno econômico da história conhecida da
humanidade – é um exercício matemático usados profusamente por respeitáveis
entidades pelo mundo afora. Para isso usam os dados do passado para predizer o
futuro, repetindo velhos erros – a meu ver - e deixando de lado lições
milenares.
Inevitavelmente, tudo muda. Apenas não sabemos quando
isso vai acontecer.
Confúcio e Buda, enigmaticamente, continuam a sorrir.
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