sexta-feira, 6 de junho de 2014

PARA LER NA CAMA


Forças gigantescas pugnam pela supremacia global, num mundo onde a única certeza é que tudo deve mudar. No horizonte apenas perceptível dos tempos que virão e buscando acalmar a inquietude dos mais afoitos para decifrar os signos dos Oráculos para tentar predizer o futuro, nada melhor que fazer uma síntese de alguns poucos aspectos que, de um modo ou outro, vai contribuir para demarcar o futuro. E, para alguns, até pode ser bom para aprimorar sua postura como inquilinos temporários do Planeta Terra:

Vivemos num mundo de complexidade crescente, distorções avassaladoras e paradoxos inexplicáveis. Isso, em síntese, colabora para aumentar a insegurança material, social e psicológica dos seres que transitam por este atribulado pedaço do universo.
Muitos acreditam que estão presos a um sistema e político, econômico e financeiro que não entendem, não desejam e não atende suas expectativas. Conseqüentemente, precisa mudar. A grande dúvida é como mudar e para onde.
Nos países mais ricos, é natural que grande parte de seus habitantes tenha a esperança de desfrutar de um ganho adequado e crescente. Essa maioria habitua-se a que isso é perfeitamente natural, condicionando assim seus desejos e expectativas. Tradicionalmente, esse modo de ver o futuro parece não aceitar nem entender a existência de limites naturais nos recursos disponíveis do planeta.
 A globalização não tem criadores conhecidos, não tem início definitivo no tempo, não tem nacionalidade. Simplesmente, aconteceu. Então, em conseqüência, não tem compromissos. È livre para fazer o bem – como muitas vezes realmente faz. Mas também pode semear o mal e contribuir para as mazelas que afligem a humanidade, como muitas vezes acontece. Quem sabe, deve ser vista apenas como a continuação do processo milenar para tentar encontrar o caminho da prosperidade. Ou, eventualmente, como uma forma para impor a vontade dos poderosos – que tudo têm – para a maioria – que pouco ou nada têm.
 As 500 maiores multinacionais {empresas, conglomerados, entidades} são as verdadeiras detentoras do poder globalizante. Essa fantástica concentração de força permite decisões centralizadas que podem mudar, a sua vontade, o curso da vida de muitos povos da terra.
A verdade crua e nua é que o motor do crescimento da grande empresa è a ânsia incontrolável de lucro. E do poder a ele associado.
Desde o princípio dos tempos conhecidos, de um modo ou outro, os mais fortes impuseram sua vontade sobre os mais fracos.
Um novo colonialismo veste a aparência do conhecimento, da tecnologia, das patentes, dos direitos de quem chegou (o fez) primeiro. Persistentemente, com outra roupagem, recria o passado e pode considerar-se como o maior perigo que assombra o futuro dos países menos aquinhoados.
 É preocupante a semelhança, no mundo todo, entre os erros nefastos cometidos pelas lideranças políticas e os gestores econômicos nos últimos dois séculos e a crise que assola o mundo nesse começo de Século XXI. Nunca aprenderemos?
A História ensina que na guerra, na política e na economia, as primeiras vítimas são a verdade e a inocência. Por isso são, de muitas formas, os matadores encobertos das ilusões.
Predizer como será a China – considerada o maior fenômeno econômico da história conhecida da humanidade – é um exercício matemático usados profusamente por respeitáveis entidades pelo mundo afora. Para isso usam os dados do passado para predizer o futuro, repetindo velhos erros – a meu ver - e deixando de lado lições milenares.
Inevitavelmente, tudo muda. Apenas não sabemos quando isso vai acontecer.
 Confúcio e Buda, enigmaticamente, continuam a sorrir.


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