Um tempo muito curto
No seu recente relatório anual, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) revela que
os gases com efeito de estufa retidos na atmosfera – dióxido de carbono, metano
e óxido nitroso - atingiram um novo recorde em 2013, continuando a corrida que
alimenta uma sequência de efeitos catastróficos sobre a civilização
(despreocupada?) que desfruta das benesses do Planeta Terra em esse Século XXI.
Efeitos que mostram
seus malefícios na mudança do clima, no aumento de acidez das águas dos
oceanos, no derretimento das calotas polares e dos gelos das alturas, no
aumento de inundações pelos excessos de chuvas em determinados locais, no
aumento de doenças do aparelho respiratório e na extinção ou escassez de
espécies animais, só para citar os mais visíveis. Mas todos de efeitos
colaterais que sustentam uma corrente de males calamitosos para a continuidade
da vida no Planeta.
"O CO2
permanece na atmosfera durante muitas centenas de anos e nos oceanos ainda mais
tempo. As emissões passadas, presentes e futuras terão um impacto cumulativo
tanto no aquecimento global como na acidificação dos oceanos", afirma Michel
Jarraud, secretário-geral da organização.
“Nós sabemos, sem
sombra de dúvida, que o nosso clima está mudando e que as condições
meteorológicas estão se tornando cada vez mais extremas devido às ações
humanas. Temos de reverter essa tendência e cortar as emissões de dióxido de
carbono e outros gases de efeito estufa em toda a linha”.
E Wendy Watson-Wright, secretária-executiva da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, põe lenha na fogueira: “Se o aquecimento global não é razão suficiente para cortar as emissões de CO2, a acidificação dos oceanos deveria ser uma grave preocupação, visto que os seus efeitos já estão sendo sentidos e vão aumentar nas próximas décadas”.
E Wendy Watson-Wright, secretária-executiva da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, põe lenha na fogueira: “Se o aquecimento global não é razão suficiente para cortar as emissões de CO2, a acidificação dos oceanos deveria ser uma grave preocupação, visto que os seus efeitos já estão sendo sentidos e vão aumentar nas próximas décadas”.
“Estamos ficando sem tempo”.
Soluções?
O que se desprende dos maiores eventos mundiais que tentaram
chegar um consenso sobre as medidas necessárias para mudar esse “status quo” –
Rio 92 e Rio 2012 - que assombra o futuro da humanidade, pode resumir-se em
poucas palavras: “Precisamos mudar, com a máxima urgência possível, nosso modo de
produzir e de desfrutar da riqueza”.
E aplicar
os princípios do Programadas das Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), sintetizado
na Economia Verde como a fórmula
ideal para mover as engrenagens da riqueza global, que pode ser assim definida:
È aquela que resulta em melhoria do
bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz
significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Ela tem três
características preponderantes: é pouco intensiva em carbono, eficiente no uso
de recursos naturais e socialmente inclusiva.
Bem, nos quase últimos 300 anos de nossa Era Industrial,
muito pouco disso foi lembrado e aplicado no vórtice de um sistema que exige
continuamente mais e mais: Mais produção,
mais consumo, mais riqueza para
atender os anseios dos mercados sempre em procura do máximo. Sem limites!
Então não são de estranhar que toda a saga civilizatória dos tempos modernos tenha sido construída sobre materiais finitos, exauríveis, poluidores, extraídos das entranhas do planeta, aos qual o “homem civilizado” acrescentou alegremente, no auge de sua fúria devastadora, um longo inventário de tropelias cinicamente resguardadas por interesses ilegítimos, entre as quais guardam duvidosos lugares de honra, a destruição de culturas, a dominação de povos, a poluição dos rios, as queimadas, a devastação das florestas e a invasão predatória dos santuários naturais. Para dizer o menos!
Será que mudaremos e atenderemos o apelo da Mãe Terra?
Nenhum comentário:
Postar um comentário