sexta-feira, 7 de novembro de 2014

EFEITO POSITIVO


Entre outros efeitos colaterais, os resultados das eleições no Brasil tranquilizaram as lideranças europeias que há tempos se esforçam na construção de uma nova ordem internacional para o Século XXI, onde especialmente espaços supranacionais, como a União Europeia (UE) e o MERCOSUL, poderiam configurar uma nova forma de governabilidade mais equilibrada, mais cooperativa e mais solidária.

Isso reforça a idéia de que os países do Cone Sul podem trazer uma contribuição muito importante para amenizar e solucionar os problemas latentes em cenários que hoje apresentam um elevado potencial de instabilidade. Daí, nunca é demais reiterar a imperiosa necessidade de uma sólida aliança entre os dois principais parceiros do MERCOSUL, Brasil e Argentina, cujos desentendimentos, há menos de uma geração atrás, representavam uma ameaça real para a formatação de uma zona onde imperassem a paz e a democracia, condições fundamentais para o desenvolvimento, o bem-estar de seus povos e o respeito da comunidade internacional.

Com a consolidação da grande aliança do Cone Sul, fica cada vez mais evidente que a região pode trazer uma significativa contribuição política como zona segura e estável, garantindo assim uma posição e uma voz respeitadas no panorama mundial.

O dito pode ser considerado um chamado à reflexão para aqueles que, teimosamente, tanto em Argentina como em Brasil, pugnam por esquecer os benefícios do MERCOSULprovados e comprovados ao longo dos últimos 20 anos, no altar dos interesses de lobbies poderosos, de tecnocratas sem maior comprometimento e de políticos apenas comprometidos com seus próprios interesses.

Todos devem entender que não é o momento para que um choque de interesses, nem sempre muito claros quando colocados sob o prisma do bem comum, venha agregar à região um contencioso de conflitos econômicos que, entre outros malefícios, pode vir a confirmar a velha ideia de que “os países da América do Sul não são confiáveis”. E que, automaticamente, emperram as negociações cruciais praticamente finalizadas entre a UE e o \MERCOSUL.

Para o resto do mundo, resulta essencial que o MERCOSUL possa seguir mostrando que se esforça por manter uma área de paz, de intenso comércio e de estabilidade política, sem descuidar um esforço constante para alcançar elevados índices de crescimento, equilibro social e qualidade de vida.





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