quinta-feira, 20 de novembro de 2014

OS 20


Os “grandes” desse nosso mundo globalizado - que ainda procura um caminho que atenda as necessidades e anseios de seus mais de 7,1 bilhões de habitantes - agrupando as 19 nações mais ricas do mundo mais a União Européia que somam, em conjunto, 85% do poder econômico planetário e, por isso por inércia, podem ditar as regras para toda a humanidade, voltaram a encontrar-se na cúpula anual do grupo em Brisbane, Austrália, na metade do mês de novembro de 2014.

Bom para a paz e a convivência entre nações que abrigam interesses gigantescos nem sempre coincidentes e que precisam de esforços colossais de diplomacia e dialogo para chegar a um consenso. O papel de vilão ficou com a Rússia, reflexo de suas tropelias na Ucrânia que mereceram a repulsa dos participantes à reunião.  
De concreto, entre afagos e apertos de mão de praxe, os lideres concluíram a necessidade de promover o desenvolvimento global, no mínimo numa taxa anual de 2,1% até 2020. Objetivo, na verdade modesto, e com o qual todos podiam concordar sem maiores comprometimentos!

Outro acordo importante foi para fortalecer as instituições financeira,em parte buscando impedir a repetição do cataclismo bancário de 2008 e, ao mesmo tempo, acelerarem-se os esforços para aumentar a transparecia das regras de tributação para tentar pôr um freio adicional à sonegação fiscal, mal que aflige todos os países e que explica, em parte, que 12% da riqueza mundial façam a alegria dos 64 paraísos fiscais reconhecidos pela ONU.

Já existe consenso sobre esse espinhoso tema - finalmente a China concordou em colaborar- e o presidente Obama enfatizou sua importância declarando: “0s lucros das empresas devem ser taxados onde as atividades econômicas têm a sua base, e onde é acrescentado valor, e não num outro país, pagando menos impostos. Alcançar isso por todos é prioridade máxima”.
 Para o ano 2015, o G20 espera concluir o plano em curso com a OCDE, que prevê a modernização das regras fiscais a nível internacional, de modo a combater um fenômeno que é global mas que cada país administra à sua maneira, gerando assim oportunidades e brechas para os grandes sonegadores.
Também, noutro acordo que abre múltiplos caminhos de cooperação e cientes de que a economia não pode prescindir de sua função social, medidas especiais são recomendadas para universalizar o acesso à energia e à educação.

E, como fecho de ouro, uma forte sugestão para alcançar um acordo na Rodada de Dohoa de 2015, encontro mundial onde os países em desenvolvimento depositam suas esperanças de liberação das regras do comércio internacional.

Já dizia Gandhi em 1948:” Os países pobres não querem esmola. Querem penas acesso mais justo aos mercados dos mais ricos

No final, na foto oficial, os rostos sorridentes parecem afirmar: Olha, pode acreditar em nós. Vamos cumprir os compromissos assumidos e manter a paz!

Sem esquecer que estavam presentes seis potencias nucleares – Rússia, EUA, China, Índia, Reino Unido e França de cujo consenso depende, em grande parte, o futuro pacífico da humanidade.

     


Nenhum comentário:

Postar um comentário