Com a liderança da presidente do Chile, Michele Bachelet, chanceleres da
América Latina, entre eles os de Brasil, México e Argentina, - os “três grandes”
- participaram do seminário "Diálogo sobre Integração Regional: Aliança do
Pacífico e MERCOSUL", em Santiago do Chile, com o objetivo de iniciar
conversações exploratórias para aplainar os caminhos que possam levar a uma
maior integração entre ambos os blocos nas áreas política, econômica,
comercial, de infra-instrutora e cultural.
(O MERCOSUL - debruçado sobre o Atlântico, integrado por Argentina,
Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, com 280 milhões de habitantes e US$ 3,3
trilhões de Produto Interno Bruto PIB) – e a ALIANÇA DO PACÍFICO, com costas sobre o Pacífico, integrado
por Chile, Peru, Colômbia e México, com 205 milhões de habitantes e US$ 2,1
trilhões de PIB – tem muito ganhar com a consolidação dessa idéia de união,
principalmente pela excepcional posição logística de cada bloco com relação aos
grandes mercados globais.
É claro que isso vai à contramão daqueles setores que pugnam pela
preeminência de um bloco com relação ao outro e vai, isso sim, do encontro do
bom senso político-econômico, que entende que “unidos somos mais fortes, somos mais respeitados internacionalmente, podemos
aproveitar melhor nossas vantagens relativas e podemos acelerar o processo de crescimento” tal como enfatizou a presidente
Bachelet na abertura do encontro.
"Apesar das diferenças, (os países da América Latina) podemos encontrar
pontos de acordo. Se não somos capazes de negociar conjuntamente, a história
vai nos deixar de lado", como muito bem disse o chanceler chileno,
Heraldo Muñoz, ao destacar a importância da reunião.
É claro que as incertezas com
relação à situação internacional e seus reflexos por inércia na economia
regional, assim como aspectos indesejáveis da situação interna de cada sócio,
complicam o andamento e a velocidade do processo de integração, porque as
urgências e angustias do momento impedem a consolidação de objetivos
estratégicos que precisam ser apreciados no longo prazo.
Mas uma
realidade prevalece: O bloco do Pacífico tem uma posição ideal para desenvolver
negócios com a Ásia como, aliás, está fazendo ativamente; aquele do Atlântico é
o caminho natural para os mercados da Europa e a porta para o mercado Africano,
o novo eldorado da segunda metade do Século XXI; os dois têm muito a ganhar
pela facilitação do acesso a seus vastos e crescentes mercados internos.
Por outra
parte cresce a compreensão internacional que os cenários econômicos e políticos
das próximas décadas serão crescente e inexoravelmente emoldurados pelos
interesses dos grandes blocos, que ditarão os rumos da civilização do futuro.
Assim, não é sábio ficar de fora e os orgulhos nacionalistas – traços das lutas
pela independência do Século XIX na América Latina – pode ficar de lado para
ceder lugar ao pragmatismo inteligente com a visão correta dos tempos modernos.
Claro, sem deixar de lado a soberania, a liberdade e direito uma vida cada vez
melhor de cada membro dessa união para o futuro.
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