terça-feira, 6 de janeiro de 2015

PODEMOS COMPETIR


Brasil tem atravessado um período comparativamente ruim desde 2011, com suas exportações praticamente estáveis – às vezes, á custa de artifícios contábeis – e lamentavelmente, sem condições de gerar saldos cambiais positivos para aliviar nosso castigado balanço de pagamentos.

Num mundo mutante, onde as condições e regras do xadrez político mudam ao sabor dos desígnios dos países dominantes, sempre assombrados pelo rugir ensurdecedor dos gigantescos interesses globais das 1.000 maiores corporações do planeta, a competitividade internacional surge como um valor “sine-qua-non”, imprescindível para manter-se no pelotão da frente entre as nações vencedoras nesse cenário de guerra comercial permanente - temos que reconhecer – que é a realidade entre as nações que participam da maratona de conquistar e manter mercados para seus produtos e serviços.

Mas, o que interessa é tentar estabelecer uma perspectiva viável para as exportações brasileiras de bens para 2015 e definir cenários possíveis de negócios no ano ora iniciado.

Ainda que com algumas divergências, os principais organismos internacionais (OMC, FMI, UNCTAD) assinalam um 2015 um pouco melhor que o verificado em 2014, com um crescimento do comércio mundial na faixa dos 4% em valor, apoiados numa recuperação da economia global que deve emplacar também uns 4%. E para 2016 e 2017, as perspectivas são de números mais robustos, confirmando que as agruras de 2008-2014 começam a ser coisa do passado e podemos aguardar uma melhoria geral nos negócios.

Entre as bases desse otimismo (moderado) são destaque a seqüência da forte recuperação dos EUA, os sinais de que a crise da Europa está sob controle - pelo menos do ponto de vista econômico - a perspectiva de continuidade e até aumento da demanda da China e dos países asiáticos e as expectativas de um ciclo mais positivo para os países da América Latina, com a possibilidade de um ano mais positivo para Brasil e Argentina.

Isto, somado recuperação – ou, pelo menos, manutenção - dos preços das commodities, cuja queda em 2014 comprometeu fortemente as receitas dos países em desenvolvimento.

No entanto, isso não é suficiente para um Brasil que necessita – essencialmente –um esforço concentrado para o aumento das vendas externas, apoiadas em oito pilares de ouro da competitividade: mais produtividade, vender a mais mercados; vender mais produtos; aumentar o numero de exportadores; acrescentar valor á pauta exportadora; dar continuidade aos esforços de promoção e de vendas, independentemente das oscilações dos mercados; a manutenção de patamares adequados para a relação dólarxreal; e, claro, tudo isso com lucro para os produtores/exportadores.

Ainda mais: O Brasil precisa urgentemente a desburocratização de toda a estrutura governamental que lida com as operações de comércio com o exterior, em todos os niveles, assim como estabelecer um “pacto de competitividade internacional’, entre as empresas e as federações, associações, sindicatos e outros organismo empresariais, agrupados no esforço conjunto de ajudar realmente às empresas, especialmente as pequenas e médias, a “vender mais e melhor no exterior”.

Obriga a todos os participantes a realizar um trabalho atualizado, inovador e adaptado ás peculiaridades de nossas características e necessidades para competir com eficiência nos cenários externos onde e realizam as batalhas dos mercados.

Conseguiremos?



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