Mergulhado nas incertezas, o Brasil está
passando por um de seus piores momentos no que vai desse Século XXI, debilitado
sob o peso de uma governança desorientada, dos efeitos perniciosos da crise
internacional, da falta de perspectivas críveis para sair do lamaçal no qual está
metido e da perda da confiança nas suas lideranças políticas.
Nesse
estágio, acompanha dezenas de outras nações em todos os cantos do planeta que
perderam o rumo do desenvolvimento e que, de um modo ou outro, tentam retomar o
“bom caminho” e atingir taxas economicamente sustentáveis de crescimento.
Para os
pessimistas, é a hora da verdade. Para os otimistas, o pior já passou e
trata-se apenas de ajustes necessários para voltar à senda do crescimento. Para
o povo, resta esperar, agüentar as conseqüências do descalabro – a piora da inflação
e do emprego são os efeitos diretos mais sentidos– e rezar para que a tormenta
passe logo.
É mais que
evidente que seria muito positivo é contar com uma diretriz firme - quem sabe
na forma de um PLANO DECENAL DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO - que, qual farol no
meio da tempestade, assinale o caminho a seguir evitando, inclusive, a sensação
de que, sem rumo, a nau brasileira segue à deriva empurrada pelas suas
fragilidades, lembrando que “para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho
é bom”.
O bom seria que esse esforço de crescimento integrado tenha como foco
políticas permanentes para colocar todos os indivíduos, sem distinções, em
igualdade para competir. Nesse particular, a
educação de qualidade tem um rol absolutamente fundamental.
Também, como prioridade, ao mesmo tempo em que estabelece como norma constante um profundo respeito pelo meio ambiente, mantêm políticas claras para o crescimento dos setores chaves da economia, sempre de olho para manter o egoísmo natural das forças orientadas pelos mercados no justo calibre dos interesses maiores do País, humanizando e transformando positivamente as relações entre o capital, a tecnologia, o governo e o trabalho.
Igualmente, que
tenha como missão fazer do governo uma bem aceitada estrutura, regida por princípios
de austeridade, eficiência, transparência e produtividade, exercendo seu papel
com eficiência para manter a inflação, as contas públicas e o endividamento,
interno e externo, sob absoluto controle.
Igualmente, que zele pela melhor distribuição de renda e a disseminação de conhecimentos para completar a formação de cada indivíduo como ser humano-social, preparando-o melhor para as mudanças dos tempos que virão.
Será pedir muito?
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