segunda-feira, 27 de abril de 2015

O MUNDO EM CHAMAS


O presidente Obama na ocasião das homenagens ao Dia da Mãe Terra, em 22 de Abril, afirmou que “o aquecimento global é um dos mais graves problemas que enfrenta a humanidade”, enfatizando que 2014 foi o ano mais quente registrado na Terra desde 1880, ano do início dos registros climáticos.     
            
Reconhecendo sua responsabilidade, a China e os EUA - os dois maiores poluidores do Planeta e máximos responsáveis do efeito estufa – chegaram a um acordo histórico aprovando um plano conjunto para reduzir para níveis de 1990 suas emissões nos próximos 20 anos.

Isso, em outras palavras, ao mesmo tempo em que significa uma redução no modo de produzir energia derivadas do carvão e do petróleo - os dois maiores agentes isolados responsáveis pela elevação da temperatura terrestre – assinala a necessidade de promover fontes alternativas, não emissoras de gases nocivos, tanto para substituir parte de nosso modo predador de produzir riqueza como para atender o crescimento forçoso da demanda.

Existem fundadas esperanças para resultados positivos da Conferência Mundial do Clima que será realizada em Paris em Dezembro, da qual se espera um novo pacto global na forma de um compromisso formal para reduzir a emissão de gases e controlar ações que são um atentado claro à preservação ambiental.

No seu recente relatório anual, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) revela que os gases com efeito de estufa retidos na atmosfera – dióxido de carbono, metano e óxido nitroso - atingiram um novo recorde em 2013, continuando a corrida que alimenta uma sequência de efeitos catastróficos sobre a civilização (despreocupada?) que desfruta das benesses do Planeta Terra em esse Século XXI.

Efeitos que mostram seus danos nas secas cada vez mais devastadoras, no aumento de acidez das águas dos oceanos, no derretimento das calotas polares e dos gelos das alturas, no aumento de inundações pelos excessos de chuvas em determinados locais, no aumento de doenças do aparelho respiratório e na extinção ou escassez de espécies animais, só para citar os mais visíveis. Mas todos elesde efeitos colaterais que sustentam uma corrente de males calamitosos para a continuidade da vida no Planeta.

"O CO2 permanece na atmosfera durante muitas centenas de anos e nos oceanos ainda mais tempo. As emissões passadas, presentes e futuras terão um impacto cumulativo tanto no aquecimento global como na acidificação dos oceanos", afirma Michel Jarraud, secretário-geral da organização.

De tudo, resulta cada vez mais urgente aplicar os princípios do Programada das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), sintetizado na Economia Verde como a fórmula ideal para mover as engrenagens da riqueza global e que pode ser assim definida: ”È aquela que resulta em melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Ela tem três características preponderantes: é pouco intensiva em carbono, eficiente no uso de recursos naturais e socialmente inclusiva.”.

Bem, nos últimos 300 anos de nossa Era Industrial, muito pouco disso foi lembrado e aplicado no vórtice de um sistema que exige continuamente mais e mais: Mais produção, mais consumo, mais riqueza para atender os anseios dos mercados sempre em procura do máximo. Sem limites!

Só que a Terra começa a mostrar seus limites!

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