Os
mais sábios afirmam que as crises são cíclicas, inevitáveis e servem para pôr a
prova o direito real do homem à sobrevivência. Tem, para muitos, o efeito de
uma capina de proporções gigantescas, que vai possibilitar o desenvolvimento
sadio da planta-mãe da prosperidade. Até porque, de um modo ou de
outro, tem sido assim desde os tempos bíblicos.
Ou, em
outras palavras, as nuvens negras que obscurecem o horizonte – o futuro –
forçosamente devem dissipar-se e os bons tempos voltarão.
Isso, se
para outra coisa não serve, deve exigir maior atenção e bom senso para tentar
mudar a atitude de muitas empresas brasileiras que, com honrosas exceções, seguem
um determinado instinto de rebanho correndo atropeladamente para ganhar tempo ao
tempo na velocidade das demissões, na redução do ritmo de atividades e na
suspensão apressada de quaisquer investimentos. E na disseminação incondicional
das mazelas de nossa cambaleante economia e dos boatos negativos que fazem seu
cortejo imprescindível.
Ou, em
outras palavras, ajudam a cavar mais fundo e mais rápido o buraco de uma
provável depressão que de virtual, vem se transformado em fato consumado, empurrada
ladeia abaixo péssima governança do governo e pelos escândalos da corrupção. E
ainda, para piorar as coisas e jogar uma pá de cal sobre o túmulo do agora
desdenhado “desenvolvimento” – seja aquele sustentável, seja o
tradicional e conhecido predador, tanto faz – deixam a triste
impressão que está chegando – ou já chegou?- a hora do “salve-se quem
puder”.
Será que não
está faltando uma boa dose de bom senso empresarial? E que esse tipo de
atitude apenas serve para agravar o colapso na medida em que aumenta a profundidade
da crise, puxada agora pelos quatro cavaleiros do final dos tempos da prosperidade:
menos
emprego, menos renda, menos consumo, menos produção.
Ou, num cochilo imperdoável, alguns afoitos acham
possível esquecer o papel relevante, fundamental e decisivo do empresariado na imensa
tarefa de construir o crescimento e a prosperidade da Nação?
.Não é sem
propósito que deve ser considerado o exemplo e os ensinamentos das empresas
americanas que mais cresceram em tempos difíceis que, de acordo com pesquisas
realizadas pela American Management Association, foram justamente as que
continuaram a investir, a inovar, a procurar novos mercados, a dinamizar seus
setores de marketing e vendas e a manter atitudes positivas acreditando no seu
negócio com a visão de que tem que fazer parte do grupo da frente das empresas
que aproveitarão os benefícios do futuro.
Será
proveitoso refletirmos por um momento sobre tudo o foi realizado e, concluindo,
acreditar mais no Brasil não está demais!
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