quinta-feira, 21 de maio de 2015

GERANDO RIQUEZA



Faz menos de uma geração que eram contados os economistas que se atreviam apostar que a China poderia um dia situar-se entre as maiores economias do mundo. No início década dos 80, no principio da corrida para o futuro da era Deng, pesava fortemente em contra de qualquer visão mais otimista tanto o pesado fardo dos tempos de Mao e o preconceito de ser um país comunista – que, no imaginário divulgado pela CIA, seus dirigentes comiam criancinhas no café da manhã! – assim como o abismo aparentemente intransponível de suas terríveis deficiências econômicas e sociais. E ainda: era uma região muito distante, pouco conhecida, escondida pelo véu dos mistérios do Oriente e, para agravar, abrigando a maior massa de famintos do mundo.

Mas, tudo muda. Assim, quem diria que no início da segunda década do Século XXI, a China alcançaria a posição da segunda potência econômica do mundo e somaria um conjunto impressionante de sucessos econômicos suficientes para deixar de barbas de molho os EUA, líder tradicional dos recordes globalizados.

Recentemente, ainda que crescendo “apenas” por volta de 7% ao ano, um pouco aquém dos resultados exuberantes que marcaram o caminho da China como potência mundial, o país continua sendo o de mais alto desenvolvimento entre os membros do G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo – e continua líder no comércio mundial, nos investimentos em países da África e de América Latina, na aplicação de novas tecnologias para produção de energia e nas diversas áreas de conhecimento especializado que marcarão a diferença entre as nações nas décadas futuras. Isto, para indicar o menos.
Sem dúvidas, a China deverá ser (é!) um dos grandes responsáveis para a saída da maior crise econômico-financeira dos tempos modernos, avivada pela governança deficiente, a corrupção e o egoísmo, tudo temperado com interesses inconfessáveis.
Os gurus de plantão são fartos em predições conflitantes que pretendem estabelecer os caminhos para retomada do crescimento global e, no atropelo para serem os primeiros a encontrar a fórmula da prosperidade, deixam de lado princípios consagrados vindos dos chineses que, lembrando ensinamentos de Confúcio, estão convencidos de que nos tempos que virão a riqueza das nações passa a ter como paradigmas o conhecimento, a inteligência, a inovação, a criatividade, a boa governança e um novo pacto social, inclusivo e abrangente.  E, numa continua roda viva, cultivam a crença de que os fatos do passado não são uma boa base para entender as mutações da atualidade, acreditando firmemente que a visão do futuro deve dar forma à edificação do presente, ponte imperativa entre aquilo que foi e aquilo que será.
De resto, não podemos esquecer que os descendentes daqueles que ergueram a Grande Muralha – ainda povoada pelos espíritos dos mais de 1.000.000 trabalhadores que perderam a vida durante sua construção – são especialistas em vislumbrar os acontecimentos futuros, notadamente no campo econômico, onde exercem com desenvoltura suas predições apoiadas nas melhores mentes que militam nas suas universidades, mestres em integrar os conhecimentos ocidentais com aqueles cunhados pela sabedoria oriental.
No mais, temos muito que reflexionar e aprender para dar asas á construção de um futuro melhor tal como deseja a imensa maioria dos habitantes deste Planeta Azul.







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