terça-feira, 16 de junho de 2015

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE





Uma breve análise da economia internacional nas duas últimas décadas revela à formidável evolução do processo de globalização, fortemente alicerçadas nas impressionantes mudanças tecnológicas incorporadas as redes mundiais de comunicação e de transporte. E a internet, tida como a descoberta mais revolucionaria dos tempos modernos, tem lugar de honra!


O que, na vida real, nos coloca a todos no mesmo barco – as últimas crises servem de exemplos inquestionáveis – ainda que nessa viagem para o futuro alguns viajem de primeira classe e a maioria abaixo da linha de flutuação. 


Ou colocado sob outro ponto de vista: Ganha espaço nas mesas de discussão a ideia de que a globalização não favorece os povos, muito menos os países pobres e, pelo contrario, de forma intensiva, privilegia discriminadamente os países ricos e seus rebentos mais festejados, as grandes corporações, essas sim as grandes beneficiárias da internacionalização da economia mundial.


De qualquer modo, é natural que esse processo suscite embates eletrizantes entre os que estão a favor - que apontam os resultados positivos derivados do crescimento espetacular do comércio, do turismo, dos investimentos internacionais e do melhor relacionamento entre as nações - com aqueles preocupados com a concentração crescente da riqueza, o avanço dos conflitos raciais e religiosos, a cultura de consumismo, o modelo predador de produção de riqueza e o aumento do desemprego, tudo aumentado com o insuficiente dinamismo do crescimento global e a falta de respostas contundentes para as disparidades sociais e para o prenúncio claramente desastroso de uma mudança climática.


Mas, de qualquer modo, o processo parece irreversível e, possivelmente, definitivo. Até porque surgiu naturalmente, sem pais conhecidos, sem donos, sem profetas e sem ideologias. E quem sabe por que, na sua forma primitiva, teve origem nos alvores da humanidade para dar vazão à curiosidade e o espírito aventureiro de nossos ancestrais, para muitos dos quais as trocas – o comércio – era uma questão de sobrevivência e de progresso, que justificaram e ajudam a entender um de seus momentos mais gloriosos: As viagens do Descobrimento, pouco mais de 500 anos atrás. E também porquanto parece ser uma boa resposta para o uso intensivo do conhecimento, da inovação e da tecnologia, cuja expansão no último quarto de século ultrapassa os limites da mais otimista das previsões e hoje são parte fundamental na construção de um “Novo Mundo” que, essencialmente, encerra a promessa de um futuro melhor para todos os povos do Planeta.


 Lógico, esse pode ser um bom caminho para o amanhã desde que seus habitantes – suas lideranças – não deixem transbordar os limites de sua cobiça, egoísmo e ânsia de poder, usando fortemente o freio da sensatez, da ética e da solidariedade.


 Valem assinalar que nesta parte do mundo, especialmente no Século XXI, as mudanças econômicas verificadas no Brasil são mais bem explicadas desde uma perspectiva global, desde que recebem a influência – positiva ou negativa - do comportamento dos mercados externos, especialmente aqueles das grandes nações que, de forma direta ou indireta, ditam o ritmo do crescimento mundial.


 Finalmente, o mais importante é não esquecer que, para muitos, a virtude intrínseca da globalização reside no fato de ser a maior promessa de sustentação da paz que a humanidade, guerreira por natureza, conheceu no decorrer de sua fascinante e atribulada História. O que, de longe, justifica sua existência e os esforços para seu aperfeiçoamento e continuidade.


 


 


 


 


 


 

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