Apesar
de que pouco notada e perdida no turbilhão de notícias agourentas sobre os
rumos da economia brasileira que, entre outras coisas, ajudam a formar uma
visão calamitosa sobre o futuro, merece destaque o fato de que a balança
comercial está tendo uma vigorosa recuperação que, depois dos magros resultados
dos três últimos anos, já permite projetar um superavir na faixa dos dez
bilhões de dólares. Que, temos que reconhecer, é um excelente resultado, ainda
mais que esse feito acontece sem a tradicional ajuda das exportações de
commodities, castigadas pela queda da demanda globalizada, a China na cabeça!
É
mais que evidente que não pode ignorar-se a situação difícil pela qual está
passando o Brasil, que suporta a pesada carga da retração dos mercados, tanto
aqui como lá fora; da burrice do sistema impositivo, vassalo da cumplicidade com
uma burocracia ávida por controles e fiscalizações; da ganância sem ética dos
juros além de qualquer fundamento; do açoite impiedoso da corrupção, que suga
energias vitais para o progresso; da ineficiência da governança pública,
atropelada pelos fatos e pela incapacidade de revidar; e do jogo político,
nutrido por setores que erguem a bandeira do “quanto pior, melhor”. Isso, por
dizer o menos.
Em
soma: É uma conjuntura que se alimenta das crises que provoca e que, entre
outras coisas, repete um quadro já vivido em numerosas ocasiões, quando as
visões apocalípticas de alguns, pessimistas ou descrentes ou subordinados a
interesses inconfessáveis, previam um futuro de desgraças sem fim.
Por
outra parte, não podemos esquecer que a Historia ensina que as crises são
cíclicas, inevitáveis e servem para pôr a prova o direito real do homem à sobrevivência.
Têm, para muitos, o efeito de uma capina de proporções gigantescas, que vai
possibilitar o desenvolvimento sadio da planta-mãe da prosperidade.
Mas
como sempre, depois da tempestade vem a calma. E depois das crises, sempre chegam
tempos melhores, tal como a História teima em ensinar àqueles que se aferram a
um presente conturbado para espelhar os tempos que virão.
Agora
fundamental entender a necessidade de redesenhar importantes peças de nosso
sistema de produzir riquezas e manter o máximo empenho em introduzir, com
urgência, políticas e ações intensas e persistentes, focando principalmente
educação, infraestrutura, inovação, melhoria da qualidade, tecnologia,
investimentos e fortalecimento do tecido social.
Nesse entorno de
desafios, um papel importante está reservado para as pequenas e médias empresas
(P&M), chamadas a continuar a enfrentar bravamente os obstáculos do
presente e, sem desanimar, pagar o pedágio inevitável para a sobrevivência, cujo valor é a capacidade de competir.
E
que, a partir da compreensão da necessidade de participar e ganhar o desafio da
competitividade, vista aqui como um conjunto de atributos de excelência
empresarial - visão de negócios;
informação; especialização; inovação; gestão eficiente; comunicação; diferenciação;
marketing; relacionamento; criatividade
e lucratividade – as P&M têm ferramentas para crescer com segurança e
alcançar um papel de relevância na criação do circulo virtuoso do
desenvolvimento do Brasil.
Em
verdade, mudanças globais estão acontecendo a uma velocidade impressionante,
sendo preciso um esforço titânico - o Brasil pode! – para ficar em sintonia com
esse novo mundo, mutante, exigente e que não permite atrasos na procura de um
amanhã cada vez melhor.
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