terça-feira, 6 de outubro de 2015

NA SOMBRA DO DRAGÃO III



 O dialogo de potencias

A recente visita do presidente chinês Xi Jinping aos EUA, onde manteve longos encontros com o presidente Barack Obama foi, para muitos especialistas internacionais, um momento crucial para a manutenção de um clima de harmonia, cooperação e paz entre as duas maiores economias do mundo e que, de uma forma ou outra, compartem junto com a Rússia a liderança do poder mundial derivado de seus desmedidos arsenais de armas de destruição em massa. 

Num cenário global conturbado, onde muitas correntes de mudança se entrechocam furiosamente para ganhar predomínio num mundo em continua tensão, os dois lideres confirmaram sua vontade de continuar cooperando de forma significativa para solucionar problemas que têm acendido a luz amarela – senão vermelha - de dificuldades que sinalizam ameaças serias ao bem estar das pessoas, como a mudança climática, o baixo ritmo de crescimento mundial, as desigualdades sociais, a corrupção, a necessidade de melhorar a fiscalização do sistema financeiro mundial, o aprimoramento da comunicação entre as lideranças globais, a procura de metas universais para o bem estar das pessoas, a manutenção de um apoio firme ao trabalho das Nações Unidas. E outros temas críticos, esses guardados a sete chaves e proibidos para as gentes dos povos do Planeta que compartem, queiram ou não, gostem ou não, as loucuras dos regimes dominantes (?). 

Por conseguinte, o padrão torna-se claro: O diálogo é o melhor caminho para serenar as asperezas naturais das relações entre dois gigantes com interesses de complexidades somente vislumbradas no marco de suas respectivas posições como potencias globais.

Por outra parte, não podemos esquecer que nas últimas décadas, a China confirmou, ano após ano, paciente e persistentemente, sua vocação e sua capacidade para vir a exercer um papel de protagonista no cenário internacional. Pragmaticamente, além de fazer parte do seletíssimo clube das potências atômicas e do trio de nações que monopolizam a exploração espacial – o que traduz excelência tecnológica e científica nas principais áreas do conhecimento – tem assombrado o mundo com taxas de desenvolvimento econômico inigualáveis nos últimos 30 anos, nunca antes verificadas na historia conhecida por nenhuma nação ou região do planeta.  

A Historia e a realidade

Aliás, foi em Fevereiro de 1972, deixando de lado as conturbadas relações e as inimizades de tempos passados, numa jogada estratégica absolutamente inacreditável no embate da guerra fria, foi a visita de Nixon à Beijing que iniciou a caminhada de aproximação China-EUA - distanciados e adversários declarados desde que os exércitos vitoriosos de Mao, em1949, expulsaram para Formosa (Taiwan) as derrotadas tropas de Chang-Kai-Sek  - Nixon, numa rara antecipação do futuro, qualificou o período de sua visita como “a semana que mudou o mundo”.

Hoje, uma densa teia de interesses une os dois países e contribuem diretamente para manter o equilíbrio entre as duas potências. E que os dois países são os maiores sócios comerciais do planeta; os EUA, que são, disparados, os maiores inversores de capital privado na China, têm participação em mais de 14.000 empresas naquele país, inclusive muitas de tecnologia de ponta, somando investimentos diretos de mais de US$ 700 bilhões; a China, por sua vez, tem mais de US$ 950 bilhões de suas reservas aplicados em bônus do Tesouro Americano; empresas e instituições de ambos os países fazem trabalhos conjuntos de pesquisa em dezenas de áreas estratégicas; o intercambio tecnológico, científico, educacional e cultural atinge níveis impressionantes e cresce aceleradamente.

O dragão e a águia parecem que acharam, incrivelmente, um ninho comum.







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NA SOMBRA DO DRAGÃO III]

O dialogo de potencias

A recente visita do presidente chinês Xi Jinping aos EUA, onde manteve longos encontros com o presidente Barack Obama foi, para muitos especialistas internacionais, um momento crucial para a manutenção de um clima de harmonia, cooperação e paz entre as duas maiores economias do mundo e que, de uma forma ou outra, compartem junto com a Rússia a liderança do poder mundial derivado de seus desmedidos arsenais de armas de destruição em massa. 

Num cenário global conturbado, onde muitas correntes de mudança se entrechocam furiosamente para ganhar predomínio num mundo em continua tensão, os dois lideres confirmaram sua vontade de continuar cooperando de forma significativa para solucionar problemas que têm acendido a luz amarela – senão vermelha - de dificuldades que sinalizam ameaças serias ao bem estar das pessoas, como a mudança climática, o baixo ritmo de crescimento mundial, as desigualdades sociais, a corrupção, a necessidade de melhorar a fiscalização do sistema financeiro mundial, o aprimoramento da comunicação entre as lideranças globais, a procura de metas universais para o bem estar das pessoas, a manutenção de um apoio firme ao trabalho das Nações Unidas. E outros temas críticos, esses guardados a sete chaves e proibidos para as gentes dos povos do Planeta que compartem, queiram ou não, gostem ou não, as loucuras dos regimes dominantes (?). 

Por conseguinte, o padrão torna-se claro: O diálogo é o melhor caminho para serenar as asperezas naturais das relações entre dois gigantes com interesses de complexidades somente vislumbradas no marco de suas respectivas posições como potencias globais.

Por outra parte, não podemos esquecer que nas últimas décadas, a China confirmou, ano após ano, paciente e persistentemente, sua vocação e sua capacidade para vir a exercer um papel de protagonista no cenário internacional. Pragmaticamente, além de fazer parte do seletíssimo clube das potências atômicas e do trio de nações que monopolizam a exploração espacial – o que traduz excelência tecnológica e científica nas principais áreas do conhecimento – tem assombrado o mundo com taxas de desenvolvimento econômico inigualáveis nos últimos 30 anos, nunca antes verificadas na historia conhecida por nenhuma nação ou região do planeta.  

A Historia e a realidade

Aliás, foi em Fevereiro de 1972, deixando de lado as conturbadas relações e as inimizades de tempos passados, numa jogada estratégica absolutamente inacreditável no embate da guerra fria, foi a visita de Nixon à Beijing que iniciou a caminhada de aproximação China-EUA = distanciados e adversários declarados desde que os exércitos vitoriosos de Mao, em1949, expulsaram para Formosa (Taiwan) as derrotadas tropas de Chang-Kai-Sek  - Nixon, numa rara antecipação do futuro, qualificou o período de sua visita como “a semana que mudou o mundo”.

Hoje, uma densa teia de interesses une os dois países e contribuem diretamente para manter o equilíbrio entre as duas potências. E que os dois países são os maiores sócios comerciais do planeta; os EUA, que são, disparados, os maiores inversores de capital privado na China, têm participação em mais de 14.000 empresas naquele país, inclusive muitas de tecnologia de ponta, somando investimentos diretos de mais de US$ 700 bilhões; a China, por sua vez, tem mais de US$ 950 bilhões de suas reservas aplicados em bônus do Tesouro Americano; empresas e instituições de ambos os países fazem trabalhos conjuntos de pesquisa em dezenas de áreas estratégicas; o intercambio tecnológico, científico, educacional e cultural atinge níveis impressionantes e cresce aceleradamente.

O dragão e a águia parecem que acharam, incrivelmente, um ninho comum.







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