Nasce
a TPP - Parceria Trans-Pacífico, celebrado
por 12 países e desde já o maior e mais ambicioso acordo de livre comércio do
mundo, integrado por EUA, Japão – 1ª. e 3ª. economias do planeta – somando
outros sócios estratégicos como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Malásia, Vietnam,
Singapura, Brunei e os latino-americanos mais ativos na participação de pactos
internacionais abertos para o mundo: Chile, Peru e México.
Com
quase 40% do PIB mundial e 25% das trocas comerciais internacionais, o novo
pacto já originou protestos e alertas amarelos pelos possíveis efeitos nos
fluxos do comércio e dos investimentos, desde que, potencialmente, pode “prejudicar”
outros players no jogo global de interesses econômicos e posições de força.
È claro que, como outros países, em princípio, o Brasil pode
ser molestado pelo deslocamento de preferências estratégicas nos fluxos de
negócios, entre os quais são especialmente sensíveis as principais commodities
exportadas pelo país, sem menosprezar outros grupos de produtos de médio e alto
valor agregado que tem nos países mais adiantados um mercado de vital
importância.
Nesse embate colossal de interesses que abrangem centenas de
bilhões de dólares e centenas de milhares de empregos, não restam dúvidas do enorme
potencial da TPP para transformar-se num novo acelerador do ritmo de
desenvolvimento dos países membros, na medida em que as vantagens relativas
ganhem espaço e sejam incorporadas às correntes de comércio, Investimentos, empreendimentos
conjuntos, energia, logística e consumo, entre outras.
Em nossas bandas, para o MERCOSUL, tentando amortecer um
eventual impacto negativo desse convênio, passa a ser absolutamente prioritária
a finalização do acordo, ora em face final de negociação, com a UE (União Europeia)
e seus 505 milhões de habitantes, com um poder de compra pessoal três vezes
maiores que seu equivalente nesta parte do planeta e que, no curto prazo, pode
considerar-se o único bloco em condições de rivalizar com o poder do novo gigante.
Naturalmente, sem deixar de lado um acordo com a China – 2ª.
Economia do mundo no caminho de ocupar o primeiro lugar na próxima década – que,
na realidade, já tem o caminho traçado com os pactos de livre comércio do
dragão asiático com Chile e México.
Os quais, vale insistir, souberam negociar acordos que não
significam danos para suas indústrias, empregos e qualidade de vida e que,
desse modo, estão apressando seu próprio desenvolvimento e sua inserção
(obrigatória) a um mundo globalizado que exige, sem desculpas, melhores
produtos a menores custos para mais consumidores.
Ou, em outras palavras: Para
todos, é condição indispensável manter
padrões elevados de competitividade, filha predileta da inovação, do
conhecimento e da adequada compreensão das forças que determinam o sucesso e que
passa à categoria de agente fundamental da inserção internacional do país,
permitindo uma passagem sem maiores percalços pelos forçosos caminhos da
globalização.
Nos quais, queiramos ou não, todos têm que pagar pedágio.
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