quarta-feira, 14 de outubro de 2015

UM NOVO GIGANTE


Nasce a TPP - Parceria Trans-Pacífico, celebrado por 12 países e desde já o maior e mais ambicioso acordo de livre comércio do mundo, integrado por EUA, Japão – 1ª. e 3ª. economias do planeta – somando outros sócios estratégicos como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Malásia, Vietnam, Singapura, Brunei e os latino-americanos mais ativos na participação de pactos internacionais abertos para o mundo: Chile, Peru e México.

Com quase 40% do PIB mundial e 25% das trocas comerciais internacionais, o novo pacto já originou protestos e alertas amarelos pelos possíveis efeitos nos fluxos do comércio e dos investimentos, desde que, potencialmente, pode “prejudicar” outros players no jogo global de interesses econômicos e posições de força.

È claro que, como outros países, em princípio, o Brasil pode ser molestado pelo deslocamento de preferências estratégicas nos fluxos de negócios, entre os quais são especialmente sensíveis as principais commodities exportadas pelo país, sem menosprezar outros grupos de produtos de médio e alto valor agregado que tem nos países mais adiantados um mercado de vital importância.

Nesse embate colossal de interesses que abrangem centenas de bilhões de dólares e centenas de milhares de empregos, não restam dúvidas do enorme potencial da TPP para transformar-se num novo acelerador do ritmo de desenvolvimento dos países membros, na medida em que as vantagens relativas ganhem espaço e sejam incorporadas às correntes de comércio, Investimentos, empreendimentos conjuntos, energia, logística e consumo, entre outras.

Em nossas bandas, para o MERCOSUL, tentando amortecer um eventual impacto negativo desse convênio, passa a ser absolutamente prioritária a finalização do acordo, ora em face final de negociação, com a UE (União Europeia) e seus 505 milhões de habitantes, com um poder de compra pessoal três vezes maiores que seu equivalente nesta parte do planeta e que, no curto prazo, pode considerar-se o único bloco em condições de rivalizar com o poder do novo gigante.

Naturalmente, sem deixar de lado um acordo com a China – 2ª. Economia do mundo no caminho de ocupar o primeiro lugar na próxima década – que, na realidade, já tem o caminho traçado com os pactos de livre comércio do dragão asiático com Chile e México.

Os quais, vale insistir, souberam negociar acordos que não significam danos para suas indústrias, empregos e qualidade de vida e que, desse modo, estão apressando seu próprio desenvolvimento e sua inserção (obrigatória) a um mundo globalizado que exige, sem desculpas, melhores produtos a menores custos para mais consumidores.

Ou, em outras palavras: Para todos, é condição indispensável manter padrões elevados de competitividade, filha predileta da inovação, do conhecimento e da adequada compreensão das forças que determinam o sucesso e que passa à categoria de agente fundamental da inserção internacional do país, permitindo uma passagem sem maiores percalços pelos forçosos caminhos da globalização.


Nos quais, queiramos ou não, todos têm que pagar pedágio. 

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