
As altas autoridades dos EUA e da China não vacilam em destacar que um bom relacionamento entre os dois gigantes será crucial para acelerar a recuperação da economia mundial, que por um bom tempo sofrerá as conseqüências dos desatinos dos gestores das finanças internacionais, sempre ávidos em aumentar suas ganâncias “duela a quién duela”.
Antecipando sua primeira visita oficial ao “Império do Meio”, a Secretária de Estado, Hillary Clinton, destacou que “os EUA esperam aprofundar seus laços com China e melhorar os meios para expandir uma cooperação que é vital para ultrapassar, no menor tempo possível, a crise que nos afeta a todos”.
Ë que nas últimas décadas, a China confirmou, ano após ano, paciente e persistentemente, sua vocação e sua capacidade para vir a exercer um papel de protagonista no cenário internacional. Pragmaticamente, além de
Deixando de lado as conturbadas relações e as inimizades de tempos passados, numa jogada estratégica absolutamente inacreditável no
xadrez da “guerra fria” foi a visita de Nixon à Beijing, em Fevereiro de 1972, que iniciou o caminhada de aproximação China-EUA, distanciados e adversários declarados desde que os exércitos vitoriosos de Mao, em1949, expulsaram para Formosa (Taiwan) as derrotadas tropas de Chan-Kai-Sek, apoiado pelos EUA. Nixon, numa rara antecipação do futuro, qualificou o período de sua visita como “a semana que mudou o mundo”.
Foi, realmente. E de um modo que só historiados futuros, numa perspectiva mais pragmática e sem a influência das paixões do momento, poderão avaliar.
Hoje, uma densa teia de interesses une os dois países e contribui diretamente para manter o equilíbrio entre as duas potências, apesar de seus arranca-rabo com relação à Taiwan, Tibet, direitos humanos, trabalho escravo, direitos autorais, patentes, cotação do yen, eleições livres, sistema de governo, limitação de exportações para os EUA, dumping, e por aí vai. Na vida real, os dois países são os maiores sócios comerciais do planeta; os
A lista de interesses comuns é longa. Felizmente!